A Polícia Civil (PCDF) conseguiu localizar a raiz de um grupo de estelionatários que cometiam o “golpe do motoboy” no Distrito Federal. Na quinta-feira (2), policiais foram até São Paulo para realizar a Operação Captis e cumprir quatro mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. As ordens foram cumpridas em São Caetano do Sul-SP, Guarujá-SP e no DF. Um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
As investigações se iniciaram ainda em 2018, quando a PCDF descobriu que estelionatários se passavam por funcionários de bancos para aplicar golpes. Eles ligavam para uma vítima (geralmente pessoa idosa), afirmavam que o cartão bancário dela havia sido clonado e dizia que um motoboy iria até a casa dela para recolher o objeto por questões de segurança. Quando a vítima entregava, o bando acabava tomando posse dos dados bancários. A partir daí, eles usavam os cartões em grandes atacadistas para comprar celulares, televisores e outros aparelhos eletrônicos. À época, a Polícia Civil do DF conseguiu prender 12 membros do grupo criminoso.
A PCDF seguiu investigando o caso e identificou que quem coordenava toda a ação se mantinha em São Paulo-SP. Havia uma central telefônica na capital paulista que geria as chamadas falsas e também controlava toda a movimentação financeira feita pelos estelionatários assim que eles conseguiam os cartões das vítimas. O bando atuava não só no DF, mas em todo o país.
As apurações apontam que o grupo tinha apenas um pequeno lava-jato em 2018 e, dois anos depois, conseguiu estabelecer uma rede de lojas de carros de luxo, faturando quase R$ 14 milhões em 2020. Entre os itens apreendidos pelos policiais na quinta (2), estão 80 veículos de luxo, de marcas como Porsche, Mercedes-Benz e BMW. Também foram apreendidos cerca de R$ 580 mil em espécie.
O delegado responsável pela operação fala sobre o caso: