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Brasília

Funcionário de cartório e corretora são presos por fraude imobiliária no DF

Arquivo Geral

22/08/2018 13h11

Foto: Raphael Ribeiro/Jornal de Brasília/Cedoc

Tainá Morais
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Um funcionário de um cartório no Plano Piloto e uma corretora são suspeitos de integrar uma organização criminosa que vendia imóveis de terceiros como se fossem próprios. De acordo com a Polícia Civil, o grupo formado por cinco pessoas lucrou cerca de R$ 2 milhões ao revender lotes do Condomínio Mansões Entrelagos, no Itapoã. A corporação não quer divulgar o nome do cartório, sob justificativa de preservar as investigações.

A quadrilha foi desarticulada após quatro meses de investigações. Segundo o delegado responsável pelo caso, Ulysses Fernandes, os suspeitos enganavam tanto os compradores quanto os donos dos terrenos. A corretora de imóveis e o funcionário do cartório eram os responsável por auxiliar a quadrilha nas falsificações e criação de novos documentos. “Os criminosos falsificavam os contratos e os nomes do titulares dos imóveis. Em seguida, os demais integrantes divulgavam os lotes e os vendiam”, revelou Fernandes.

Rodrigo Pereira da Silva, funcionário do condomínio, também foi preso na última semana por suspeita de participação. A investigação aponta que ele inseria a documentação fraudada nas pastas dos imóveis. “Quando as vítimas iam conhecer os imóveis, este funcionário mostrava os documentos falsificados e garantia não haver impedimentos para a venda”, esclareceu o delegado.

As facilidades para a compra dos imóveis, vendidos por aproximadamente R$ 70 mil cada, atraiam as vítimas. “Caso o interessado oferecesse determinado valor para pagar em mil vezes, por exemplo, o grupo aceitava. Afinal, o que entrava para eles era lucro”, enfatiza. Até o momento, a Polícia Civil identificou, ao menos, 20 vítimas.

O quarto integrante da quadrilha, Renilson Oliveira Torres, também foi localizado e preso, na madrugada desta quarta-feira (22), no Maranhão. Até o momento, o único foragido é o Arquísio Bites Lê, de 52 anos. Os suspeitos responderão por estelionato e organização criminosa. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

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