Menu
Brasília

Feira da Marreta: antiguidades tomam conta de Brasília

Realizada no Guará, a feira atrai brasilienses que admiram, compram e vendem antiguidades e raridades, muitas delas de herança familiar ou patrimonial

Elisa Costa

28/06/2023 18h44

Foto: Divulgação

Acontece no próximo domingo (2) a maior feira livre de venda e troca de antiguidades de Brasília: a Feira da Marreta. O evento começa às 10h, no Bom e Velho Mercado de Antiguidades, que fica localizado na Área Especial G, conjunto A, do Guará, próximo ao Clube da Saúde e ao Galpão 17. Lá, admiradores de raridades e vendedores poderão se reunir, com a apreciação e oferta de mais de 20 mil itens de antiquários, ferros-velhos, brechós, móveis, peças vintage e artefatos de colecionadores. O acesso é gratuito e os cidadãos poderão comprar, vender ou alugar itens.

Para quem deseja vender itens na feira, é bom chegar cedo, pois serão disponibilizados cinco stands com mesa, concedidos por ordem de chegada. Mas vale destacar que tem como fazer a reserva antecipada da mesa pelo número (61) 99128-0778. “Caso o expositor não chegue ao evento até às 11h, o espaço será cedido para outro expositor. Contudo, quem quiser, pode levar sua própria estrutura (mesa ou canga) para participar da feira”, ressalta a organização do evento. Quem comparecer à feira vai poder aproveitar também o chopp da Cervejaria Caveira Jaime e as especialidades do Café no Fim do Mundo.

Em entrevista ao Jornal de Brasília, Alice Godoy Lopes, gerente de comunicação e responsável pela catalogação das peças do mercado Bom e Velho, contou: “Tem dois tipos de peças que se destacam por motivos diferentes: temos as raridades, que são objetos especiais os quais dificilmente encontramos em outro lugar. Como exemplo um telefone de 1884, o primeiro modelo comercializado no país, o que é impressionante, assim como uma bússola marítima japonesa muito rara. Também se destacam as peças que ligam as pessoas pelo emocional, pela memória afetiva, como jogos antigos e brinquedos”.

Segundo a gerente, o viés da nostalgia acaba trazendo também o colecionismo, com a venda de itens como moedas, chaveiros, broches e carrinhos. Além destes, os móveis antigos também chamam a atenção: “Atualmente o que representa a maior parte das nossas vendas são os móveis antigos. As pessoas realmente decoram as suas casas com peças que têm valor histórico, peças que resistiram ao tempo. Acho que as pessoas estão cada vez mais conscientes na hora de consumir porque são peças que já duraram 50, 60 anos e vão durar mais”, destacou Alice.

No mercado de antiguidades Bom e Velho, o público tem contato com um acervo de peças raras, como baús de viagens de imigrantes, de 115 anos atrás, que chegaram ao Brasil com o navio Nissyo Maru, bem como tijolos da época do Brasil Império e telefones usados há mais de 100 anos. O local é dividido em setores, com geladeiras, equipamentos médicos, câmeras, máquinas de costura e outros. É possível encontrar ainda relógios, malas, panelas, rádios e quadros antigos. Para aqueles que querem decorar um ambiente, vale a pena dar uma olhada nas luminárias, aparelhos de TV, sofás e poltronas.

De acordo com Alice Godoy, o espaço recebe de tudo, desde toca-fitas, toca-discos, louças, espelhos e castiçais. Por lá, os amantes da música encontram uma coleção de mais de 5 mil vinis, todos por R$10, para incentivar o garimpo. “No mercado recebemos de tudo um pouco e vendemos de tudo um pouco também. Os preços são variados, temos peças de R$5 a R$170 mil ”, comentou. “O mercado de antiguidade têm valores flutuantes. Por exemplo, luminárias industriais custavam R$120 e de repente percebemos uma maior procura por materiais de decoração, e com isso, essas peças valem hoje em dia no mínimo R$350”.

Para a gerente de comunicação, o registro histórico é essencial para preservar o passado e a história. À reportagem, ela disse que um dos aspectos mais interessantes é poder observar a evolução da tecnologia, que mostra o potencial do ser humano. “Assim vemos de onde viemos e para onde estamos indo. Acho legal também quando a pessoa chega na loja e vê algo que tinha na casa da avó, como uma preservação de história pessoal também. É importante apresentar isso para as novas gerações, não é à toa que estudamos História na escola”, explicou.

O espaço surgiu em dezembro de 2020 e proporciona uma viagem no tempo para os visitantes. Durante a semana, funciona de terça a domingo, das 12h às 17h. Para chegar ao local, quem estiver na EPTG deve pegar a marginal e acessar a via da Caesb. Nessa via, siga reto e pegue a primeira curva à esquerda, logo em seguida entre na primeira à direita. O mercado está em todas as plataformas de GPS, portanto, quem utilizar os aplicativos de transporte particular basta digitar “Bom e Velho” na barra de pesquisa. “Qualquer um pode chegar e expor, comprar, trocar e vender. É um passeio legal para se fazer em família”, concluiu Alice.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado