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Brasília

Falso delegado que extorquia pessoas no DF é preso pela polícia

Arquivo Geral

01/02/2019 15h21

Foto: Brenda Abreu/Jornal de Brasília

Foto: Brenda Abreu/Jornal de Brasília

Brenda Abreu
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Um homem foi preso nesta sexta-feira (1) por se passar como delegado da Polícia Federal. André Luiz Fonseca, 46 anos, utilizava o falso cargo para extorquir pessoas. Segundo a Polícia Civil do DF, ele chegou a pedir R$ 50 mil a um ex-presidiário para livrá-lo de uma suposta “nova condenação”. Na residência de André, em Águas Claras, os policiais apreenderam, entre outros pertences, distintivos da PF, armas falsas e dois veículos.

Segundo o delegado do caso, João Ataliba Neto, da 1ª  Delegacia de Polícia, todos acreditavam que ele exercia de fato a profissão. “Ele conseguia entrar na Delegacia de Polícia e na Polícia Federal facilmente, por ser advogado”, aponta Ataliba. O falso delegado possui carteirinha de advogado ativa na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O caso descoberto pela polícia aponta que André, passando-se por delegado, teria acionado um ex-presidiário e informado a ele que um sujeito teria plantado drogas em seu veículo. Diante disso, o golpista informou à vítima que teria um mandado contra ele, e que ele poderia sair dessa situação se pagasse R$ 50 mil. O falso delegado tinha ajuda de um parceiro para realizar os golpes, que também é advogado.

A vítima alegou ao golpista que não tinha o dinheiro, e foi embora. Em seguida, o ex-presidiário recebeu uma ligação do falso delegado, que baixou a propina para R$ 30 mil, além de afirmar que iria ficar com o carro do homem como garantia do trato.

Os policiais apreenderam dois veículos na residência de André, sendo uma Ford Ranger zero-quilômetro e uma motocicleta. Os policiais não têm dúvidas quanto à origem deles. “Com certeza essa caminhonete e a motocicleta são decorrentes de atos criminosos”, afirma o delegado.

O criminoso é acusado de usurpação de função, além de extorsão, sendo que este último crime pode levar de quatro a dez anos de prisão. Ele está preso preventivamente e aguarda julgamento. A Polícia Civil tem certeza de que há outras vítimas. “Aguardamos novas denúncias para reforçar a apuração do caso”, diz Ataliba.

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