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Brasília

Estudante é preso acusado de disseminar pornografia infantil no Recanto das Emas

O acusado, um estudante de 18 anos, atraía vítimas, principalmente adolescentes do sexo feminino, através das redes sociais, e após obter material pornográfico delas, passava a coagi-las virtualmente

João Victor Rodrigues

23/08/2023 9h50

Foto: PCDF

Na manhã desta terça-feira (23), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou a Operação Gaslighting, com o objetivo de combater as atividades de um cibercriminoso que utilizava a internet da universidade para disseminar conteúdo de pornografia infantojuvenil.

As investigações revelaram que o suspeito induzia as vítimas a chamá-lo de “mestre” e a produzir vídeos de conteúdo sexual, o que é caracterizado como estupro virtual. Além disso, ele as incitava a se automutilarem, escrevendo palavras em seus corpos com navalhas, e depois as pressionava para que cometessem suicídio. A operação resultou na prisão em flagrante do indivíduo e no cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência localizada no Recanto das Emas/DF.

O acusado utilizava os equipamentos informáticos de sua casa, bem como o computador da universidade federal do Distrito Federal, para armazenar os arquivos de pornografia infantil produzidos. Todo esse material será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística da PCDF. A operação contou com a participação de seis policiais civis da DRCC, peritos Criminais da Seção de Informática do Instituto de Criminalística – SPI/IC e membros da Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).

A curiosa conexão com a universidade veio à tona durante as investigações, quando foi descoberto que o acusado utilizava a rede de computadores de uma universidade federal, vinculada ao Ministério da Educação, para compartilhar o material relacionado ao abuso sexual infantojuvenil. O jovem cursava uma disciplina de Áudio e Vídeo na instituição, usando a rede da faculdade para disseminar conteúdo ilícito.

O acusado pode enfrentar diversas acusações, incluindo registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pedopornografia, induzimento à automutilação e suicídio, bem como estupro virtual. As penas somadas para esses crimes podem chegar a até 17 anos de prisão.

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