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Brasília

Em segunda fase, Operação Drácon busca provas de elementos retirados da CLDF

Colaborador JBr

02/09/2016 17h46

Ângelo Miguel

Ana Lúcia Ferreira
[email protected]

Em continuidade a operação Drácon, deflagrada há dez dias, a Policia Civil realizou na manhã desta sexta-feira (2) novas buscas na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A operação investiga suposta cobrança de propina por parlamentardes, como contrapartida para liberação de sobras orçamentárias destinadas ao apagamento de empresas que prestam serviços ao Governo do Distrito Federal.

A segunda fase da operação foi realizada apenas na CLDF e, segundo o Ministério Público do DF, teve como objetivo alcançar locais que não foram objetos de busca na primeira fase, além de conferir se houve subtração ou eliminação de algum material ou equipamento dos gabinetes.

“Qualquer elemento de prova que esteja no âmbito da Câmara Legislativa e alguém, por algum motivo, se sinta na audácia de subtrair, está sujeito a ser preso. Portanto, caso algum elemento tenha sido retirado de lá sem autorização precisa ser investigado”, afirmou o Promotor de Justiça Clayton da Silva Germano.

Os principais alvos da operação são os membros afastados da Mesa Diretora: a presidente Celina Leão, o primeiro-secretário, Raimundo Ribeiro (PPS), o segundo, Júlio César (PRB), e o terceiro, Bispo Renato Andrade (PR). O deputado Cristiano Araújo (PSD) também está na mira da polícia, suspeito de articular o esquema de recebimento de propina.

As buscas foram realizadas, também, nos gabinetes dos deputados distritais Celina Leão(PPS), Julio Cesar (PRB), Cristiano Araújo (PDS), Raimundo Ribeiro (PPS), Bispo Renato (PR) e também na Presidência e Vice-Presidência da Casa além, da 1ª, 2ª e 3ª Secretarias e gabinete da mesa diretora.

O computador do servidor responsável por redigir a emenda investigada,  que transferiu R$ 30 milhões de sobras orçamentárias de 2015, originalmente destinadas ao pagamento de obras de infraestrutura, para o pagamento de dívidas com empresas que prestaram serviços à Secretaria de Saúde, principalmente nas áreas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais, também foi apreendido.

Na primeira fase da Drácon, foram cumpridos quatorze mandados de busca e apreensão e oito conduções coercitivas – quando a pessoa é levada para depor. Desta vez, a operação se concentrou apenas em novas buscas.

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