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Brasília

Em nova reunião da CPI, coronel do DOP presta depoimento

Sobre 8 de janeiro, o coronel afirmou que foi feito um plano em conjunto com os órgãos de segurança, com a atribuição de cada um

Camila Bairros

16/03/2023 13h38

Foto: Reprodução/Youtube

Na manhã desta quinta-feira (16), foi realizada mais uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa sobre os atos antidemocráticos. Dessa vez, o coronel Jorge Eduardo Naime, comandante de Operações da Polícia Militar no dia das invasões e depredações das sedes dos poderes, foi ouvido.

A fala de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF, que inicialmente seria hoje, foi remarcada para o dia 23. Nesta quinta, ele dará seu depoimento em ação de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, processo que tramita no TSE.

O coronel Jorge Eduardo começou seu depoimento informando que estava de licença no dia 8 de janeiro. Ao ser questionado sobre qual o tratamento usal da Polícia Militar do DF (PMDF) dá em caso de grandes eventos, ele disse que é de praxe ter um cronograma próprio, sempre com planejamentos prévios. “O 7 de Setembro, por exemplo, começou a ser planejado em junho”, completou.

Entretanto, segundo ele, para esse planejamento prévio acontecer, é importante que a Inteligência da polícia trabalhe em conjunto.

Sobre o desmanche do acampamento no QG do Exército, Jorge Eduardo disse que foram realizadas várias reuniões para chegar a um acordo de como seria feito. A primeira tentativa foi para retirar o comércio ilegal que acontecia lá dentro, assim como para acabar com a ‘máfia do PIX’, onde supostas lideranças do local pediam para que os participantes fizessem transações para manter o acampamento.

Em seguida, o coronel afirmou que foi feito um plano em conjunto com os órgãos de segurança, com a atribuição de cada um. A manifestação daquele dia, porém, não foi considerada um grande evento previsto.

“Eu, sozinho, não sou o DOP (Departamento Operacional da Polícia Militar). Eu era o chefe do DOP, mas não estava trabalhando naquele dia 8 de janeiro. Mesmo assim, não recebemos informação da Inteligência, e com isso, o planejamento fica debilitado”, disse o Jorge Eduardo.

Efetivo policial

Segundo o coronel, o efetivo policial normal é de 1.935 agentes por turno. Em ‘grandes eventos’, esse efetivo aumenta, como foi o caso da posse de Lula no dia 1º de janeiro deste ano, onde 2.193 policiais estavam trabalhando, não apenas na área onde ocorreu a posse, mas também nas adjacências, como o Setor Hoteleiro e as estações de metrô.

Chico Vigilante, presidente da CPI, relembrou depoimentos passados, onde foi informado que o efetivo naquele 8 de janeiro era formado por alunos que estão na Academia de Polícia. Fato que causou estranheza a Jorge Eduardo. “Precisa ver se isso realmente aconteceu, porque foge do nosso padrão”, informou.

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