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Brasília

Educação financeira é disciplina em Ceilândia

São 38 alunos do Ensino Médio Integrado que participam desta primeira turma

Redação Jornal de Brasília

01/07/2021 8h50

A disciplina de educação financeira colabora com conhecimentos práticos em suas rotinas sobre recursos financeiros. A matéria já é realidade para os estudantes do Instituto Federal de Brasília, no Campus de Ceilândia.

Se trata da disciplina optativa sobre Educação Financeira, ministrada pelo professor Gustavo Sandri, da área de Engenharia Elétrica. São 38 alunos do Ensino Médio Integrado que participam desta primeira turma.


“Entendo que este assunto parece ser um tema difícil, mas na verdade é mais fácil e divertido de se aprender do que a maioria das pessoas imagina. Existe um frio na barriga na hora de colocar os conhecimentos em prática, por se tratar de dinheiro. Mas entender como as coisas funcionam é simples e, uma pessoa informada toma sim decisões melhores”, detalha o professor Gustavo Sandri, da área de Engenharia Elétrica, responsável pela iniciativa no IFB.


Por enquanto, o curso está sendo ofertado apenas no IFB/ Campus Ceilândia como uma disciplina optativa ao ensino médio integrado. “A ideia tem sido tão bem recebida que realmente espero ampliar o curso em um projeto de ensino ou extensão. Minha intenção é ofertar o curso todos os anos e permitir a participação da comunidade externa também”, explica animado o professor Gustavo.


O estudante Victor M. tem gostado muito das aulas e já tinha tido contato com o tema em 2019 em canais no YouTube. “Ao cursar a matéria só agora pude compreender de forma mais ampla os tipos de investimento, cuidados que devemos ter e gostei ainda mais da área”, contou. Outro aluno do curso, Breno Caio Silva de Almeida, elogiou muito a iniciativa. “As aulas de educação financeira são excelentes, os conteúdos têm extrema importância para começarmos a planejar o futuro, além de entender o funcionamento de dívidas como empréstimos, dívidas nos cartões de crédito, entre outros”, comentou.


O curso começou no início do mês de junho e segue até o dia 18 de agosto Serão doze semanas, ministradas aos alunos dos terceiros anos nesta primeira turma. Para o próximo semestre a disciplina será ofertada para os estudantes dos segundos anos e, alguns já têm demonstrado interesse pela disciplina. O que motivou a criação desta disciplina é que a maioria das pessoas chega muito perdida na vida adulta, sem ter noção de muitos conceitos necessários a respeito de finanças. O objetivo da disciplina é o de dar uma pincelada em todos os conceitos principais. Para ser uma disciplina acessível a todos, evitamos focar muito em matemática financeira e partir mais para as definições das coisas, se apropriando das experiências dos alunos para facilitar o aprendizado.


Sobre o curso de Educação Financeira do IFB

O que é o dinheiro, sua história e o impacto na sociedade;
Golpes financeiros: como identificar e evitar cair em golpes;
Inflação, taxa básica de juros e o que isso influencia em nossas vidas;
Empréstimos: os tipos de empréstimos existentes, quando vale a pena se endividar, como evitar dívidas impagáveis;
Planejamento financeiro: como se planejar para atingir suas metas financeiras;
Investimentos: quais os tipos de investimentos, como cada um funciona, quais os riscos envolvidos, estilos de investimento.


Etapas do curso


1ª Foco em golpes financeiros, como identificar e evitar: pirâmides financeiras, clonagem de dados, golpes pelo Whatsapp, entre outros.


2ª Funcionamento de empréstimos, juros, crédito imobiliário, crédito pessoal, cheque especial, inflação, taxa básica de juros.


O professor afirma que o ideal é evitar fazer dívidas, mas entende que nem sempre isso é possível.


“Entre se endividar e passar necessidades as pessoas escolhem a primeira opção. Quando for preciso, é interessante que a pessoa conheça como estes produtos funcionam para tomar a melhor decisão e entender porque, por exemplo, numa situação de necessidade é menos nocivo fazer um empréstimo pessoal do que usar o cheque especial ou deixar o cartão de crédito entrar no rotativo”, explica.


3ª Ferramentas do mercado financeiro, ou seja, aquelas que permitem que uma pessoa mude o jogo, se tornando um investidor. Nesta etapa será ensinado como emprestar dinheiro para bancos, governo e empresas, mesmo que seja pouco dinheiro. Normalmente em torno de 50 a 100 reais economizados uma pessoa já pode passar a ser um investidor.


“Ensinar também sobre fundos, previdência privada, fundos imobiliários, imposto de renda e o mercado de ações, que permitem que uma pessoa se torne sócio de empresas como Ambev, Facebook, Weg, Banco do Brasil, Petrobrás, Moinhos dias Branco, 3M, Microsoft. E quando falo sócio, é sócio mesmo, aquela pessoa que foca no longo prazo e participa das assembléias, votando no rumo destas empresas. Quebrando aquele mito de que precisa ser rico para ser acionista de uma empresa. Uma ação do Banco do Brasil, por exemplo, custa em torno de 30 reais. Ou seja, com uns 30 reais você já pode ser sócio do Banco do Brasil”, exemplifica o professor.


Fica a dica!


“A ideia não é ensinar a investir apenas por investir. Não vamos necessariamente ensinar como ser rico no mercado financeiro. Vamos ensinar como usar essas ferramentas para planejar o futuro. Planejar a compra de um carro, de uma casa, se preparar para a velhice, virando a chave, para que uma pessoa saiba que se ela quer comprar um carro ela não precisa se endividar e ficar pagando juros, ele pode investir com este objetivo e passar a receber juros ao invés de pagar. A escolha de qual opção é melhor é pessoal, depende da realidade de cada um. Talvez para a realidade de alguém ainda faça mais sentido se endividar para comprar um carro ao invés de investir para comprar o carro no futuro. Mas queremos que as pessoas saibam que existem outras possibilidades para tomar as melhores escolhas”, convida o professor Gustavo Sandri.

Informações em www.ifb.edu.br

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