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Brasília

Donos de oficina em Taguatinga Norte se preocupam com a falta de segurança

No domingo (3), um carro foi completamente queimado, e outro veículo só não foi incendiado por completo, graças a ação do Corpo de Bombeiros Militar

Amanda Karolyne

06/06/2023 18h37

Após uma série de crimes, o dono de uma oficina se juntou a outros comerciantes para denunciar a falta de segurança no Setor H Norte de Taguatinga. No domingo (3), um carro foi completamente queimado, e outro veículo só não foi incendiado por completo, graças a ação do Corpo de Bombeiros Militar do DF.

Crisanor Marques, dono da oficina, não tem dúvidas de que se trata de um crime. As imagens gravadas pelas câmeras internas da loja são prova disso. Com dez anos de atuação na oficina, ele nunca tinha visto isso acontecer. “Antes havia roubo, furto e já quebraram vidros dos carros, agora foi a primeira vez que tocaram fogo”.

O empresário reclama que as luzes dos postes centrais do setor H estão apagadas, e que a noite é um deserto pela região. “Não tem segurança, o dia todo não vejo uma viatura passar”, aponta. Para não dizer que nunca viu, há um tempo atrás, ele lembrou que viu quatro policiais de passagem. “Mas nunca vi uma viatura fazendo ronda mesmo, só de passagem”, salienta.

Ele conta que junto com outros comerciantes, tomou a providência de contratar segurança particular para a região. “Primeiro quebraram carro, depois perdi R$70 mil de ferramentas que foram roubadas e agora o carro incendiado. Terceira vez e faço queixa, vou lá e não adianta”. Ele afirma inclusive, que numa das vezes que sua loja foi vítima de um desses crimes, o suspeito chegou a ser preso, mas logo no outro dia, já tinha sido liberado por falta de provas. “Tem até vídeo dele quebrando os vidros dos carros”, aponta. “Estou indignado, e para sair daqui”. Ele diz que como tem 18 funcionários fixos, a situação fica delicada, por temerem pela segurança de trabalhar ali. “Aqui o ladrão tem mais vantagem, mas enquanto for bens materiais, menos mal, mas só falta matar agora, fazer algo que coloque nossas vidas em risco”.

“Aqui é um deserto a noite”, disse Crisanor, e também outro dono de uma oficina na região, Cesar Alberto. Ele, assim como Crisanor, só vê rondas esporádicas, mas não vê uma segurança reforçada na região.

Ficamos sem amparo

Rondas policiais

Segundo a Polícia Militar do DF (PMDF), no que se refere ao policiamento no setor H Norte, estão sendo empregado esforços para garantir a segurança da região. Em nota, a PMDF reforça que realiza patrulhamentos constantes e ações de presença visando a prevenção e repressão aos crimes.

“O Setor H possui uma peculiaridade única na utilização de espaços públicos como depósito irregular bem como o grande fluxo de carros e pessoas, o que traz ambiente oportuno para o acontecimento dos fatos narrados”, declarou em nota para a equipe de reportagem do Jornal de Brasília.

Ainda em nota, a PMDF destaca que se coloca à disposição da comunidade e da administração local e do governo do DF para possíveis ações no local.

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