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Brasília

Polícia Civil prende dois homens por fabricação e venda de anabolizantes falsificados

Colaborador JBr

14/07/2016 17h17

Ana Ferreira
ana.ferreira@jornaldebrasília.com.br

A Policia Civil fechou um laboratório clandestino de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, no fim da tarde dessa quarta-feira (13), em Ceilândia Sul. Na operação, dois homens foram presos suspeitos de adulterar, falsificar, alterar e comercializar anabolizantes e suplementos alimentares de uso proibido.

Veja vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=ybD04A63vZs&feature=youtu.be

Após receber denúncia anônima, os agentes monitoraram a loja, localizada na QNN 2, onde supostamente os produtos eram comercializados. O proprietário do local, Glauber de Sousa Mariano, 29 anos, foi abordado na porta do comércio ao sair para fazer a entrega de um produto.

No interior do estabelecimento, a corporação flagrou o momento em que o funcionário do recinto Renato Garcia Silva Brito, 27 anos, concluía a venda de anabolizantes. Durante a abordagem, a polícia localizou, atrás de uma das prateleiras do comércio, uma passagem que dava acesso à casa do suspeito, onde estavam escondidas uma enorme quantidade de anabolizantes, suplementos e termogênicos – alguns com venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em um dos cômodos da residência de Glauber, a Polícia Civil encontrou também uma enorme quantidade de comprimidos utilizados para adulterar produtos anabolizantes, suplementos e termogênicos, além de frascos para acondicionar os produtos falsificados, adesivos que seriam fixados nos recipientes, lacres e duas máquinas para selar os produtos.

“Diante de todas as evidências acreditamos que, além de comercializar, Glauber também falsificava as substâncias proibidas”, afirmou a delegada-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Mônica Ferreira.

Além do material encontrado na casa do suspeito, a corporação localizou também uma arma Taurus 380, pólvora e material para recarga de munição. “Ele apresentou o registro da arma e já encaminhamos ao setor responsável para verificar a veracidade. No entanto, o suspeito não sobre explicar sobre os demais materiais”, ressaltou a delegada.

Os suspeitos não tinham passagens pela polícia. Eles foram recolhidos a carceragem. Glauber irá responder por comercialização de medicamentos, com pena de 10 a 15 anos de prisão, com o agravante de adulteração e falsificação e fabricação de munição sem autorização, com pena prevista de três a seis meses de prisão. O vendedor Renato deverá responder por comercialização de produtos proibidos, com pena de 10 a 15 anos de reclusão.

“Trata-se de um crime contra saúde pública. Ele misturava tantas substâncias que os clientes não tinham noção do que estavam adquirindo”, ressaltou Mônica Ferreira.

Apreensão

Ao todo, foram apreendidos 26 sacos com mais de 5 mil produtos e materiais utilizados no laboratório. Segundo a delegada Mônica Ferreira, essa foi a primeira apreensão deste porte no Distrito Federal.

“Foi a primeira vez que localizamos um laboratório com essa relevância de anabolizantes e termogênicos falsificados. Todo o material será submetido a análise para comprovar a falsificação e, caso sejam originais, também configura-se o crime, uma vez que é proibida a venda desses produtos no País”, ressaltou.

Comercialização

Os produtos eram comercializados na loja e por meio de encomenda via internet para usuários da região e estabelecimentos comerciais do mesmo segmento em todo o DF. Os valores variavam entre R$ 35 e R$ 500, de acordo com a substância pretendida.

“Os preços mudavam de acordo com o grau de intimidade do Glauber. Se era conhecido o valor de venda era mais barato, se não era,  o valor era mais caro. Entretanto, sabe-se que este tipo de mercadoria tem um valor elevado de venda. Se o usuário adquiria o produto com o valor muito abaixo do mercado, a origem é colocada em dúvida”, disse Mônica Ferreira.

 

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