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Brasília

Dívida do Iges com custeio é de R$ 250 milhões

Em reunião remota, parlamentares criticaram contratação de empresa que fará gestão de hospitais de campanha

Catarina Lima

26/04/2021 19h23

Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

A dívida do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges – DF) com despesas de custeio é de R$ 250 milhões. A entidade também já realizou 13 contratos aditivos para reajustar os recursos recebidos para a gestão dos hospitais de Base e de Santa Maria, além das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho.

A situação do Iges foi um dos temas tratados na reunião remota da Comissão covid-DF, composta pelo senador Izalci Lucas (PSDB), pela deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) e pelo distrital Leandro Grass (Rede). Para tratar das questões do Iges e dos recursos destinados ao combate ao coronavírus, os deputados convidaram o secretário de Economia, André Clemente, e o presidente do Iges, Gilberto Occhi. Também participaram da reunião a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Dayse Diniz, e o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho.

Contratação da empresa Medial

Outro tema discutido foi a contratação da empresa Medial por 199 milhões para gerir os 300 leitos dos três hospitais de campanha para tratamento do coronavírus que deverão entrar em funcionamento ainda este mês no Autódromo, no Gama e na Ceilândia. O deputado Leandro Grass questionou o fato de o contrato para a escolha da empresa ter sido alterado no dia 13/04, mudando o tipo de leitos – de UTI para UCI – sem que houvesse mudança no valor. A Medial foi contratada por apenas R$ 81 mil a menos que o valor limite estabelecido pelo GDF.

Questionado sobre o valor do contrato com a empresa Medial e a troca dos leitos de UTI para UCI, o secretário de Economia, André Clemente, disse que não poderia responder às perguntas, pois quem conhece o tema é o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, que não estava presente à reunião. Clemente disse, no entanto, que não acredita na existência de irregularidades na contratação da empresa, mas que todos os questionamentos devem ser encaminhados aos órgãos de fiscalização.

“A secretaria de Economia apoia toda fiscalização. Acho que a Controladoria do DF deve ser envolvida na discussão”, sugeriu o secretário. O senador Izalci solicitou aos representantes do governo que informassem ao secretário de Saúde, da importância da participação dele na próxima reunião do grupo, marcada para a próxima segunda-feira, dia 03 de maio.

O presidente do Iges, Gilberto Occhi, explicou que o último aditivo feito no contrato de gestão do Instituto possibilitará a abertura de sete upas, ao custo mensal de R$ 1,7 milhão. Hoje o Iges recebe R$ 83 milhões, já descontadas as despesas com saúde, para fazer a gestão dos hospitais e das Upas. Occhi também descartou que os médicos pertencentes ao quadro da secretaria de Saúde e cedidos à instituição, serão obrigados a retornar à SES, devido aos altos salários recebidos. O Iges pagará até o limite de R$ 15 mil dos salários e o que passar desse valor, será custeado pela Secretaria.

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