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Brasília

DF terá semana de conscientização sobre a psoríase

Criada por lei, iniciativa ocorrerá anualmente em outubro com objetivo de orientar sobre causas e tratamentos e combater o preconceito

Redação Jornal de Brasília

18/07/2023 9h44

Foto: Divulgação

Anualmente, em outubro, ocorrerá a Semana Distrital de Conscientização sobre a Psoríase. A data, que passa a integrar o calendário oficial do Distrito Federal, foi instituída pela Lei nº 7.278/2023 e coincide com o Dia Mundial da Psoríase (29 de outubro). O objetivo, além de orientar sobre causas, tratamentos e a importância do diagnóstico precoce da doença, é combater o preconceito.

Doença inflamatória, crônica e autoimune, a psoríase forma placas avermelhadas espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas, podendo provocar coceira, dor e queimação. Além disso, está associada a uma série de comorbidades, como artrite psoriásica e doenças cardíacas. É fundamental destacar que a doença não é contagiosa.

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência no tratamento da enfermidade no DF, com dois ambulatórios especializados. A Referência Técnica Distrital (RTD) de dermatologia, Fernanda Duran, explica que a doença aparece comumente nas faces extensoras dos cotovelos, joelhos, tronco, abdômen, na zona de implantação do cabelo, mãos e pés. “Outra manifestação da doença, associada a essas lesões, é a artrite psoriásica que se manifesta na forma de inchaço, dor e dificuldade de movimento, principalmente nas mãos e nos pés.”

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase atinge de 1% a 3% da população mundial, o que corresponde a cerca de 125 milhões de pessoas. Deste total, 5 milhões vivem no Brasil.

A especialista destaca que a iniciativa de criar uma semana de conscientização, proposta por projeto de lei do deputado distrital Fábio Félix, é importante para debater o tema. “Em uma semana voltada para a doença, vamos concentrar relatos, informações, destacar a importância do diagnóstico precoce. Pois, se o tratamento for instituído nos primeiros sinais e sintomas, é possível evitar sequelas, como as deformidades da artrite psoriásica e o impacto emocional, além do preconceito social pelas lesões”, avalia.

Tratamentos

A psoríase não tem cura, mas tem tratamento e controle. O tratamento tópico, com cremes de corticoides, é usado nos casos com poucas lesões. Mas, se o paciente apresentar resistência a esse método ou possuir múltiplas lesões, passa a ser necessário um tratamento com o uso de comprimidos e, em casos mais graves, a injeção de medicamentos imunobiológicos disponibilizados pela Farmácia de Alto Custo.

Há também tratamentos oferecidos pelo Hran em que o paciente é submetido à exposição de luzes ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B de banda estreita (NB-UVB) em cabines. Neste método, chamado de fototerapia, os médicos aumentam a sensibilidade da pele à luz por meio de uma combinação de medicamentos. A SES-DF investiu em 2023 cerca de R$ 286 mil em 54 aparelhos de fototerapia para garantir um melhor tratamento para esses pacientes.

Duran destaca que, hoje, existem inúmeras opções de tratamento (tópicos, sistêmicos e com fototerapia), que sempre devem ser feitos por um médico dermatologista. “Pacientes com psoríase têm mais chance de desenvolver artrite psoriática, diabetes, Doença de Crohn, doenças cardiovasculares, obesidade e depressão. Apesar de não ter cura, atualmente dispomos de medidas bastante eficazes para o controle dessa dermatose.” Ela acrescenta que a Secretaria oferece vários medicamentos de última geração, desde tratamentos iniciais a biológicos.

Pessoas com os sintomas devem procurar as unidades básicas de saúde (UBSs) para serem encaminhadas ao ambulatório de dermatologia para início do tratamento. Diversos hospitais da rede também dispõem de dermatologistas para atender a doença, como o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), os Hospitais Regionais de Taguatinga (HRT), de Brazlândia (HRBZ), da Ceilândia (HRC) e de Samambaia (HRSAM), o Hospital da Criança (HCB), o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e a Policlínica do Guará. Casos muito graves podem ser encaminhados ao Hran.

Foto: Divulgação

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