A vacina bivalente contra a covid-19 está disponível para todas as pessoas de 18 anos ou mais desde o mês de abril, contudo, apenas 19,67% da população do Distrito Federal recebeu a dose até o momento, o que corresponde a 515.542 pessoas, segundo os dados do Ministério da Saúde. A capital da República é a segunda unidade federativa com maior índice de aplicação da bivalente, ficando atrás de São Paulo, com 20,34%, mesmo assim, a taxa ainda é baixa. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) meta é atingir uma cobertura vacinal de até 90%.
“A imunização é a medida mais eficaz para o combate à covid-19. Por isso, vamos persistir no objetivo de ampliar a cobertura vacinal para todas as idades, com ações extramuros, aos fins de semana, em escolas e outros espaços de grande circulação de pessoas”, afirmou a líder da pasta, Lucilene Florêncio, em nota ao Jornal de Brasília. A bivalente promove a imunização para as novas variantes, além da cepa original, e é distribuída em dose única. Os lotes da vacina são recebidos são armazenados na rede de frio distrital e posteriormente distribuídos para as Regiões de Saúde.
Na rede de frio da SES-DF, mais de 103 mil doses estão estocadas. A bivalente é da marca Pfizer, e pode ser aplicada também em moradores de instituições de longa permanência com 12 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos (com laudo médico comprobatório), além de gestantes e puérperas. Para tomar a vacina, é preciso apresentar nas unidades de saúde um documento de identificação ou o cartão de vacina. Vale ressaltar que, a bivalente só pode ser tomada após quatro meses desde a última dose de reforço ou segunda dose do imunobiológico contra a covid.
“Quem não tiver recebido a primeira ou a segunda dose terá que iniciar o esquema vacinal com a dose monovalente, também disponível nas unidades”, informou a Secretaria de Saúde. A Pfizer bivalente pode ser encontrada em mais 120 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) espalhadas por todo o Distrito Federal, e a aplicação é feita das 8h às 12h e das 13h às 17h. A distribuição da bivalente faz parte da nova fase do Movimento Nacional pela Vacinação, que é de iniciativa do Ministério da Saúde, com o intuito de aumentar a cobertura vacinal contra a covid-19 no país.
Covid no DF
Mesmo que a transmissão do vírus e os casos graves tenham diminuído, o infectologista Dalcy Albuquerque Filho explicou ao Jornal de Brasília que a população do DF ainda pode sofrer com os perigos da covid. “Nós sabemos que, mesmo as pessoas vacinadas, principalmente aquelas que têm comorbidades, têm o risco de apresentar alguma complicação”, afirmou. Por esse motivo, o médico alertou que as medidas protetivas básicas devem continuar a ser seguidas para que se evite a contaminação, como evitar locais fechados e higienizar as mãos.
De acordo com o boletim semanal nº 972 da SES-DF, do dia 25 de julho, a capital federal registrou 218 novos casos de covid com relação à semana anterior. Desde 2020 – quando começou a pandemia – até o momento, o DF já acumula 910.663 casos confirmados de covid-19, sendo que 98,7% se recuperaram da doença e 1,3% evoluiu para óbito. A maior parte dos casos confiramdos estão na faixa etária de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos, com maior incidência em pessoas do sexo masculino, com 514.759 casos, enquanto as pessoas do sexo feminimo contabilizam 395.904 casos.
Com relação à localidade, os maiores números de casos foram identificados nas regiões administrativas do Lago Sul, Sobradinho, Plano Piloto, Sudoeste e Octogonal. O boletim também aponta que a taxa de transmissão da covid-19 está em 0,93, o que significa que 100 pessoas podem contaminar outras 93. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando a taxa está menor que 1 isso indica que as contaminações estão desacelerando. A maior média móvel de óbitos ocorreu em 24 de março de 2021, quando 88 vidas foram perdidas em apenas um dia em decorrência da doença.