Menu
Brasília

DF procura novas usinas fornecedoras de oxigênio

A empresa White Martins informa que o aumento da oferta do insumo depende de informações dos órgãos de saúde

Catarina Lima

10/03/2021 16h50

Foto: Reprodução

Oxigênio é uma das grandes preocupações dos governadores dos 23 estados brasileiros e do Distrito Federal, em que as internações em UTIs superam o percentual de 80%. “Se as UTIs continuarem lotadas, em algum momento será desencadeada a falta do insumo em algumas localidades”, avaliou o secretário de Saúde, do Distrito Federal, Osnei Okumoto. O titular da SES, enfatizou, no entanto, que o DF não enfrenta o problema neste momento. No início da tarde desta quarta (10), a taxa de ocupação de leitos de UTI – com suporte de ventilação mecânica, que utilizam oxigênio – era de 97%.

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanches, em entrevista, na tarde de ontem, disse que a demanda hoje por oxigênio é semelhante à verificada em julho do ano passado, quando a cidade viveu a primeira onda de covid-19. “Já pensamos em procurar outras usinas fornecedoras. Ontem (dia 9/03) nos reunimos com representantes de outras usinas produtoras.

White Martins

A empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de oxigênio aos hospitais da cidade informou por meio de nota que tem mantido contato constante com seus clientes sobre as variações no consumo de oxigênio. “Nestas oportunidades, a empresa solicitou que sejam comunicadas formalmente e previamente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto, bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras”.

A White Martins enfatizou que depende de informações dos órgãos de saúde dos estados e municípios para saber qual é o panorama epidemiológico da covid-19 em suas localidades, com dados como o índice e a velocidade de contágio da doença, a taxa de ocupação dos leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. Somente depois de receber esses dados a empresa consegue programar a produção. “A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda, ” explicou a empresa em sua nota.

A tendência é piorar

“Teremos mais 30 dias com alta de casos, sem dúvida”, disse o epidemiologista da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho. Ramalho destacou que as autoridades e lideranças devem alertar a população, mas que infelizmente a repercussão ainda é tímida. “Estamos vivendo um momento bem delicado, e precisamos nos cuidar”, enfatizou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado