Menu
Brasília

DF é referência nacional em capacitação de equipes para controle das doenças mais comuns na infância

Em parceria com a Opas, a Secretaria de Saúde já teve 655 profissionais certificados. Mais 13 oficinas estão programadas até o fim de 2023

Redação Jornal de Brasília

06/10/2023 9h03

Foto: Divulgação

Para proporcionar às equipes de saúde do Distrito Federal conhecimentos atualizados e habilidades práticas para identificar, tratar e prevenir as doenças prevalentes na infância, parceria entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) oferece capacitação, com 655 profissionais já certificados e novas 13 oficinas programadas até dezembro de 2023. Referência na iniciativa, o DF é a unidade da Federação com o maior número de profissionais capacitados.

“Temos no DF a sazonalidade das doenças virais respiratórias no começo do ano e, na época de agosto e setembro, das doenças diarreicas. Então, é importante capacitar as equipes para fazer esses atendimentos no momento mais oportuno possível”, explica a enfermeira da rede e facilitadora do curso, Raquelini Meiriele Campoe. O objetivo da capacitação em Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI Criança) é ampliar a capacidade resolutiva das equipes na Atenção Primária à Saúde (APS).

Até esta sexta-feira (6), as oficinas, voltadas a médicos e enfermeiros, ocorrem nas Regiões Oeste e Norte de Saúde. Participando da formação, a residente em medicina de família e comunidade Jéssica Monique Linhares compartilha sua experiência: “Na área médica de família e comunidade atendemos muitos casos de crianças com as doenças prevalentes que estamos vendo no curso, então é algo extremamente importante e necessário para informar e sistematizar como iremos atuar de acordo com cada queixa apresentada pela criança”.

Entre os temas da oficina, há abordagem do histórico da AIDPI, sinais gerais de perigo (o que fazer quando a criança apresenta gravidade) e doenças prevalentes na infância, por exemplo, febre, dores de garganta e de ouvido, diarreia e desidratação, além de vigilância aos casos de violência contra as crianças e quais condutas adotar.

A gerente de Áreas Programáticas de Atenção Primária à Saúde (Gapaps), Janaina Pereira Alves, reforça que a capacitação em AIDPI criança tem papel de destaque na promoção da saúde infantil. “Por meio desse enfoque, doenças comuns na infância são tratadas precocemente, resultando em uma notável redução na morbimortalidade infantil”, afirma.

Meta de capacitar 70%

Após planejamento minucioso, a Diretoria da Estratégia Saúde da Família (Desf) e a Gerência de Apoio à Saúde da Família (Gasf) SES-DF identificaram a necessidade de oficinas em cada Região de Saúde. A meta pactuada com a gestão regional da APS de cada Região de Saúde é capacitar 70% dos profissionais.

“Nosso objetivo é que, até 2024, durante as sazonalidades, os profissionais se sintam seguros e qualificados, tornando a atenção primária mais eficaz no manejo com as crianças”, afirma a gerente da Gasf, Ângela Maria Sacramento.

A enfermeira Kelly Rios, que está na oficina, também destacou a importância da formação. “Quanto mais estivermos atualizados nessa parte de protocolo e fluxo, mais segurança teremos nos atendimentos com os pacientes. Por mais que a gente já saiba o padrão, o curso de fortalecimento da linha de cuidado faz com que a gente aprimore esses conhecimentos e isso melhora a assistência e agilidade no fechamento de diagnóstico”, avalia.

Planejamento

Em 2022, diante da necessidade de qualificar profissionais na área, foram realizadas oficinas para formação de multiplicadores, chamadas de “oficina-mãe”, com o objetivo de multiplicar a formação para os profissionais nas Regiões de Saúde. No total, foram capacitados 67 multiplicadores. Graças a esses esforços, atualmente, cada Região de Saúde conta com uma média de 6 a 10 multiplicadores do AIDPI, permitindo a realização de oficinas em grande escala.

Organizados pela Gasf e pela Diretoria de Atenção Primária (Diraps) das sete regiões, os treinamentos somam 40 horas de capacitação intensiva, proporcionando aos participantes o conhecimento necessário para lidar com as necessidades específicas das crianças durante os primeiros anos de vida. Ao fim de cada oficina, para garantir a certificação, os profissionais precisam ter ao menos 75% de acertos em prova e presença superior a 80%.

“Esse curso nos ajuda a lidar com as doenças mais comuns e que levam as crianças ao óbito caso a gente não saiba manejar da forma correta. Como facilitadora é sempre interessante participar das turmas, porque aprendemos com as situações novas que os participantes trazem”, aponta a facilitadora do curso e também médica de família e comunidade, Caroline Carvalho.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado