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Brasília

Demanda por oxigênio no DF aumentou 40% com agravamento da pandemia

Osnei Okumoto disse desconhecer a existência de “gambiarras em hospitais para fornecimento de oxigênio a pacientes

Catarina Lima

15/03/2021 18h06

Foto: Renato Alves/ Agência Brasília

A demanda por oxigênio nos hospitais do Distrito Federal sofreu um aumento de 40% da capacidade contratada com o agravamento da pandemia de coronavírus, segundo informou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. O titular da pasta disse desconhecer a existência de “gambiarras” para o fornecimento do insumo aos pacientes da rede pública do DF. A SES anunciou a abertura de 50 novos leitos no Hospital de Santa Maria, 20 no Hospital de Base e 30 na unidade do Gama. Também estão sendo contratados 28 leitos na rede privada, mas a utilização destes pela rede pública depende da liberação por parte da rede privada.

O chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, disse que a taxa de transmissão disponibilizada no boletim da covid-19 divulgado no domingo pela Secretaria de Saúde, de 1,22, estava errada. O indicador correto é 1,02. “Mesmo assim, a taxa de transmissão ainda é alta e as medidas de distanciamento precisam ser cumpridas”, frisou.

Para evitar a obrigatoriedade de disponibilizar leitos de UTI para pacientes considerados de menor gravidade em cumprimento de decisão judicial, o GDF reuniu-se ontem com membros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Fazenda Pública. De acordo com Gustavo Rocha, a Secretaria de Saúde explicou ao Judiciário as reais necessidades de internação em UTI.

“Às vezes pacientes menos graves, mas de posse de liminares, passam a ocupar leitos que poderiam ser destinados aos mais graves. Às 17h25 desta segunda (15), 291 pessoas estavam na lista de espera por um leito de UTI na rede pública do DF. Um dos pacientes era um bebê que aguarda por internação em terapia intensiva neonatal. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 90,25%. Os hospitais da Polícia Militar, da Ceilândia, de Taguatinga e de Santa Maria atingiram a capacidade máxima de ocupação na tarde de ontem.

Mas apesar dos apelos do governo e das informações sobre a escassez de leitos, algumas pessoas ainda insistem em descumprir as medidas que estabelecem a suspensão de atividades não essenciais e o toque de recolher às 22 horas. No último final de semana foram aplicadas 53 multas por descumprimento das normas. Entre as autuações estavam duas festas, uma festa de swing (troca de casais), em Samambaia Norte, numa chácara. A outra foi em Brazlândia. Nesta última 65 pessoas foram autuadas em flagrante. Quem descumprir os decretos do GDF pagará multa de R $1.000 em caso de aglomeração e R $2.000 caso não estejam usando máscara.

Mandado de Segurança

Mandado de Segurança impetrado pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) e concedido pela desembargadora Diva Lucy do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou ontem que o GDF modifique a metodologia da divulgação de dados sobre as vítimas fatais de covid. A desembargadora estabeleceu em seu despacho que a metodologia a ser utilizada deverá ser a recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “A estratégia implantada em substituição à metodologia anterior contabiliza as mortes ocorridas apenas nas últimas 24 horas, porque, segundo a indigitada autoridade, o importante é a informação do índice de letalidade, a relação entre a quantidade de casos confirmados e de óbitos causados pela doença”, destacou a desembargadora em seu despacho.

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