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Brasília

Crimes em residências: furtos e roubos provocam aumento de gastos com segurança para os brasilienses

Dados da SSP mostram que o número de roubos diminuiu 25,8% até setembro deste ano, porém os casos de furto aumentaram 17,8%

Redação Jornal de Brasília

13/10/2022 16h28

Foto: AFP

Marcos Nailton
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Os casos de roubo e furto a residências no Distrito Federal tem feito os moradores da capital buscarem soluções e alternativas para garantir mais segurança do seu domicílio. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), de janeiro a setembro de 2022, foram registrados 193 casos de roubo a residências. Já sobre furtos, foram registradas 3.868 ocorrências.

Os dados mostram que no período de janeiro a setembro de 2022, os números de roubos a residências diminuíram 25,8% em toda a capital. Sendo que no ano passado foram registradas 260 casos no período observado. No caso dos furtos, houve um aumento de 17,8%, sendo 3.281 ocorrências no ano anterior.

A quantidade de casos fez com que a procura por itens de segurança aumentassem, para casas e condomínios espalhados pela capital. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o setor de segurança eletrônica faturou R$ 9,2 bilhões em 2021 em todo o país, o que equivale a um crescimento de 14% no ano em questão. Para 2022, a Abese projeta que até o fim do ano, o crescimento do setor supere 18%, com todos os segmentos em curva de ascensão.

O especialista em segurança pública, Leonardo Sant’Anna, explica que a segurança pública tanto no Distrito Federal, quanto no país, tem grandes dificuldades de se relacionar com esses crimes patrimoniais por duas razões, pela falta do efetivo policial nas ruas e também pela grande área de residências, que dificulta o patrulhamento a todo instante.

“Quanto mais distantes ficam esses profissionais de segurança em relação a sua presença física, mas as pessoas tendem a buscar uma autoproteção e buscar também a proteção do seu patrimônio”, diz.

O aumento da adesão de soluções inteligentes já estão em alta desde durante a pandemia de Covid-19, como a implantação de body cams (câmeras corporais), os equipamentos touchless e câmeras com reconhecimento facial e uso de máscaras, os drones, o rastreamento de frotas e veículos, bem como a retomada de projetos que estavam paralisados ou que surgiram nos últimos 12 meses.

Sant’Anna afirma que hoje em dia, mesmo em situações onde não há um volume muito grande de crimes, as pessoas estão buscando cada vez mais alternativas que possam diminuir a situação de medo e garantir a proteção do bem patrimonial. “As pessoas buscam também coletar provas, para que possam garantir até um ressarcimento ou realmente mostrar aquelas evidências referente a algum delito que tenha acontecido”, destaca.

O especialista conta que apenas a adesão de equipamentos de segurança por parte das pessoas não resolve o problema de furtos e roubos a residências, mas auxiliaria muitos dos problemas de criminalidade no DF.

“As câmeras desde que devidamente edificadas, colocadas em pontos estratégicos e desde que se utilize uma câmera que possa gravar em horários noturnos que não seja afetada pela baixa condição de luminosidade, auxilia bastante a ajuda às forças de segurança a atuar com um pouco mais de tranquilidade”, ressalta.

Quando se fala por exemplo da implantação desses dispositivos de segurança, como o próprio circuito de câmeras, por exemplo, Leonardo diz que o DF ainda está muito distante do que é o ideal, e que as câmeras poderiam estar também em outros locais, como áreas de lazer e em parques públicos. Além de uma parceria com os órgãos de segurança e a comunidade local.

“Pode ser feita uma parceria com a comunidade, utilizando as câmeras da própria população. Hoje já temos plataformas gratuitas e diversos locais no DF que já realizam esse trabalho patrimonial entre a própria vizinhança. Todas essas possíveis soluções já deviam ser feitas e certamente ajudam bastante os órgãos de segurança tanto como o próprio cidadão, que certamente também não se negaria a colocar as próprias câmeras à disposição das forças públicas”, finaliza Leonardo Sant’Anna.

Importância no registro de ocorrências

A SSP-DF destaca a extrema importância de que a população faça o registro de ocorrências para subsidiar a elaboração de estudos e manchas criminais, que indicam os dias, horários e locais de maior incidência de cada crime, entre outras informações relevantes para o processo de investigação.

Esses levantamentos são utilizados na elaboração de estratégias para o policiamento ostensivo da Polícia Militar do DF (PMDF), bem como para a identificação e desarticulação de possíveis grupos especializados por parte da Polícia Civil do DF (PCDF). O registro de ocorrência pode ser feito em delegacias localizadas nas regiões administrativas e também por meio da Delegacia Eletrônica, disponível no site.

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