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Brasília

Creche social em Ceilândia precisa de ajuda para garantir atendimento

Lucas Neiva

12/08/2021 5h00

Trinta e cinco crianças de famílias carentes na Ceilândia são atendidas na creche social Tia Gigi, no Condomínio Privê Lucena Roriz. As crianças amparadas são filhas de mães muitas vezes solteiras e desempregadas, e sofrem de problemas de saúde que exigem cuidados e medicações especiais. Mesmo sendo a única instituição que algumas dessas mães e crianças conseguem recorrer, a creche enfrenta dificuldades econômicas e pede socorro da população para continuar seu serviço.

“Precisamos de medicamentos, de leite e principalmente ajuda para pagar o aluguel, que já está atrasado”, relata a presidente da creche, Giselda Rodrigues, que mantém o projeto há oito anos. As medicações são para tratar condições diversas enfrentadas pelas crianças: desde problemas de locomoção e dificuldades respiratórias a anticonvulsivantes.

Medicações e alimentos não são as únicas necessidades das crianças que passam pela creche. Exemplo disso é o da Melissa, criança de quatro meses de idade que precisa do auxílio de um aparelho para respirar. “Quando eu cheguei aqui, eu consegui todo apoio que precisava, principalmente porque eu não posso trabalhar”, conta Elizabete Pereira dos Santos, 37 anos, mãe de Melissa.

A creche é mantida com o trabalho de voluntárias, muitas delas mães de crianças atendidas. “Eu trabalhava como freelancer em algumas padarias, mas precisava deixar minhas duas filhas em algum lugar, até que conheci a Creche da Tia Gigi. Acabou que eu fiquei aqui dando suporte como secretária, pois tenho formação na área”, narra Vanessa Lopes, voluntária de 26 anos, que atua fazendo contato com empresas próximas da creche em busca de doações.

Além de fornecer alimentação e atenção para as crianças, a creche também fornece educação para elas. Quem organiza isso é a diretora e voluntária Natália Carvalho, de 24 anos. “Estamos ajudando em tudo que pudermos. A gente não pede nada e faz muito, só queremos ajudar a comunidade. É gratificante poder ver a criança feliz, e também as mães, porque se a criança fica feliz, a família também fica”, afirma. Assim como Vanessa, ela também possui um filho apoiado pela creche. “Só de ver ele poder brincar e socializar com as crianças eu já fico alegre”, declara.

A creche originalmente surgiu em Águas Lindas (GO), e apoiava 60 crianças. A mudança para a Ceilândia ocorreu há três meses, e Giselda possui a meta de conseguir voltar a apoiar o mesmo número de famílias que antes. Mesmo diante das dificuldades enfrentadas, ela não pretende parar. “Tudo o que eu faço é para ajudar essas crianças. As minhas crianças são a minha vida”, declara.

Além de lidar com a dificuldade econômica, a Creche da Tia Gigi passou a ganhar importância ainda maior para as famílias em função da pandemia. “Mesmo com a pandemia, nós continuamos oferecendo assistência para as mães que não podem arriscar trazer as crianças. Mandamos fraldas, leite, remédios. Então a gente necessita bastante das doações”, explica.

A creche aceita doações diretamente em seu espaço, na Rua 06 módulo 03 casa 19 do Condomínio Privê Lucena Roriz, em Ceilândia. O contato pode ser feito diretamente no telefone e whatsapp da creche, (61) 99506-9569. Doações também podem ser feitas via pix, pelo CNPJ 17.995469/0001-00.

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