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Brasília

CPI do Feminicídio pede que Semob invista em iluminação pública

Secretário admitiu que não há um mapeamento da rota que o cidadão faz da parada de ônibus até chegar em casa

Willian Matos

09/12/2020 9h45

A CPI do Feminicídio realizou, nesta quarta-feira (9), uma oitiva do secretário de Transporte e Mobilidade (Semob), Valter Casimiro. Os deputados Júlia Lucy (Novo), Fábio Felix (relator da CPI – Psol) e Arlete Sampaio (PT) sabatinaram o secretário quanto às medidas de aprimoramento do transporte público em prol da segurança dos cidadãos, sobretudo das mulheres. Também esteve presente o deputado Cláudio Abrantes (PDT).

A deputada Júlia Lucy (Novo) questionou ao secretário se há um mapeamento dos trajetos que os brasilienses fazem de casa até a parada de ônibus. Casimiro admitiu que, hoje, não existe levantamento a respeito.

“A gente tem um mapeamento dos pontos de carregamento do sistema. De fato, a gente não tem nenhum projeto ligando os pontos de carregamento ao local de moradia”, afirmou o secretário. “É um trabalho que a gente já discutiu com a Secretaria de Segurança Pública, mas não há um projeto com essas rotas utilizadas pelo cidadão.”

Júlia, então, pediu, em nome da CPI, que fique pré-encaminhado um pedido de um cronograma de aprimoramento e implementação de iluminação pública. O mapeamento, na visão da deputada, é importante para tratar da iluminação pública dos locais, tanto das paradas de ônibus quanto do trajeto até em casa. “A iluminação traz uma repercussão direta entre o número de furtos, assaltos e outros tipos de violência que acontecem durante esse caminho”, comentou.

“A gente tem regiões ainda muito pouco iluminadas”, afirmou a deputada. Como exemplo, a parlamentar citou as regiões do Areal (Águas Claras), Recanto das Emas, Sol Nascente e Itapoã.

Aplicativos de transporte

Assim como a deputada Arlete Sampaio (PT) abordou no início da oitiva, Júlia Lucy também citou os aplicativos de transporte utilizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) que mapeiam horários e rotas de ônibus e do metrô da capital. Na visão de Júlia, os apps não funcionam. “O cidadão do DF, não apenas a mulher, não tem uma segurança do horário da chegada dos ônibus, e isso o coloca, sim, em uma situação de vulnerabilidade”, comentou.

A parlamentar sugeriu a elaboração de um hackathon. Trata-se de um evento que reúne programadores e profissionais ligados a desenvolvimento de software. No encontro, as empresas, geralmente startups, criam soluções para o problema central levantado — neste caso, seria a criação de um app que mostre de forma fidedigna a localização em tempo real dos coletivos do DF.

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