A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que investiga os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro, ouve, nesta quinta-feira (21), o coronel da Polícia Militar (PMDF) José Ferreira de Sousa Bezerra.
Em depoimento, o coronel afirmou que não foi convidado para participar ou recebido qualquer documento sobre a reunião preparatória de segurança para os atos antidemocráticos, ocorridos no dia 8 de janeiro.
“Eu não fui convidado, eu não recebo, respondendo pela chefia, documento chamando para a reunião, não sou incluído no grupo de WhatsApp para tratar das decisões sobre o que estava sendo conversado, sobre as manifestações”, disse o militar.
Na data, quando um grupo de contrários ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, o coronel atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da corporação.
Tendo assumido o departamento na semana anterior, quando o titular, coronel Jorge Eduardo Naime, saiu de licença, José Ferreira é acusado de descumprir o plano de segurança para impedir os ataques.
Atualmente, Bezerra e Naime estão presos, após serem denunciados pela Procuradoria-Geral da União (PGR). Por estar preso, José precisou de autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para depor à comissão como testemunha.