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Brasília

Covid-19: DF completa 500 dias de pandemia

São quase 10 mil mortes e quase meio milhão de contaminados desde o primeiro caso confirmado em 7 de março de 2020 – 96,4% do total se curou

Vítor Mendonça

20/07/2021 7h30

Atualizada 19/07/2021 20h53

Foto: Agência Brasil

O Distrito Federal completa, nesta terça-feira (20), 500 dias de covid-19 na capital desde o primeiro caso confirmado, em 7 de março do ano passado. De lá para cá, foram 442.223 pessoas contaminadas e 9.491 vítimas em decorrência ou por complicações geradas pelo vírus – 2,1% do total. Apesar da grande quantidade de óbitos, outras 425.871 se recuperaram da doença na capital, cerca de 96,4% dos casos segundo o Painel de Transparência da pandemia no DF.

Apenas na segunda ocorreram três mortes pelo novo coronavírus – as outras nove são de datas retroativas, com casos cuja causa da morte ainda não havia sido confirmada. Até o momento, são 6.432 pessoas infectadas na capital (1,4%). Do último domingo (18) para ontem, foram 474 novos contaminados registrados pela Secretaria de Saúde do DF (SES/DF).

Questionado pelo Jornal de Brasília ontem em coletiva de imprensa a respeito do trabalho desempenhado pelo Governo no DF durante a pandemia na capital, o secretário pasta de Saúde, Osnei Okumoto, destacou que houve evoluções no tratamento e conhecimento da doença, o que ajudou a melhorar o quadro da cidade frente ao vírus.

“O trabalho é sempre muito difícil quando se tem uma pandemia e um vírus novo, do qual não se sabe o comportamento. Desde o início de março de 2020 para agora, o protocolo de atendimento dos pacientes que estão internados [com covid-19] foi muito melhorado nas nossas unidades de saúde”, afirmou o chefe da pasta.

“Temos hoje dentro do Hospital de Base uma recuperação muito importante de pacientes graves. E logicamente, o que pretendemos é vacinar mais as pessoas, e que possamos diminuir cada vez mais a necessidade de leitos UTI e de leitos com ventiladores pulmonares”, acrescentou Okumoto.

De acordo com o secretário, a equipe médica do DF, em todos os setores, foi essencial para os avanços observados durante o período de combate à doença, ainda em andamento. “Foi feito o treinamento dessas pessoas em cima de protocolos e só tenho que parabenizar toda a equipe da Secretaria de Saúde, que desenvolveu um trabalho brilhante até esse momento no combate à pandemia e também na vacinação”, finalizou.

Sepultamentos por covid-19

De acordo com dados do Campo da Esperança, responsável pela administração de todos os seis cemitérios do DF, o número de sepultamentos por covid-19 representa cerca de 28% da quantidade de enterros no DF. Depois de mais de um ano de pandemia, até o último domingo (18/07/2021), são 6.065 sepultamentos de pessoas confirmadas com a doença e de suspeitos com o vírus na capital.

O recorde de sepultamentos registrados pela administração dos cemitérios foi registrado no último mês de abril, com 2.261 enterros. Destes, 887 foram em feitos com os critérios exigidos para a não contaminação e proliferação do vírus, isto é, sem velório por confirmação ou suspeita de covid-19. 

Os dados representam mais de um terço dos sepultamentos feitos em decorrência da doença pandêmica – aproximadamente 39,2% dos sepultamentos totais de abril deste ano. Até então, o mês com a maior quantidade havia sido agosto do ano passado, com 1.838 mortes, sendo 814 ocasionadas pelo novo coronavírus.

Fiscalizações

Uma das medidas que ainda vigora desde as primeiras estratégias para a diminuição das contaminações na população é o Decreto nº 40.648, de 23 de abril de 2020, sobre a obrigatoriedade de máscaras no DF. Segundo o artigo 1º, o item deve ser usado “em todos os espaços públicos, vias públicas, equipamentos de transporte público coletivo, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços e nas áreas de uso comum dos condomínios residenciais e comerciais”. 

Desde então, de acordo com dados da Secretaria do DF Legal, foram 829 pessoas multadas por descumprimento da medida sanitária. A cada uma delas, foi cobrado o valor de R$ 2 mil, conforme estabelecido no mesmo documento. Até 6 de junho, a pasta informou que 82.225 pessoas foram abordadas quanto ao uso do acessório.

Também mais de 1,6 milhão de estabelecimentos comerciais foram vistoriados pelo DF Legal, a fim de fiscalizar o cumprimento de medidas sanitárias para o combate à covid-19. Até ontem, 3.274 negócios receberam multas por infrações dos protocolos.

O infectologista Hemerson Luz destacou que o DF agiu no que foi necessário, mas que é preciso manter os cuidados, uma vez que uma nova cepa, Delta, ameaça trazer índices maiores de contaminações novamente.

Primeiro caso

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção por coronavírus por volta das 18h15 à época – uma mulher de 52 anos, moradora do Lago Sul que voltou de uma viagem de oito dias em Londres. Ela teria sido contaminada no trajeto, que também incluiu escalas em São Paulo e uma visita à Suíça. 

A mulher foi consultada no Hospital Daher com falta de ar na noite do dia 4 de março e depois foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte, referência no tratamento da doença desde o início da proliferação do novo coronavírus no DF.

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