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Brasília

Coronel acusado de estupro terá que usar tornozeleira eletrônica

O homem foi autuado por um suporto estupro de um rapaz de 21 anos. Ele deve se manter em um raio de 500 m de sua residência

Evellyn Luchetta

11/04/2022 18h35

Foto: Reprodução

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Edilson Martins da Silva, de 47 anos, preso no último sábado (09), recebeu o direito à liberdade provisória, contanto que use a tornozeleira eletrônica. O aparelho fornece monitoramento por 90 dias.

O homem foi autuado por um suposto estupro de um rapaz de 21 anos. Ele deve se manter em um raio de 500 m de sua residência no período de 22h às 6h. Edilson também não pode chegar perto do Motel Fiesta Brasília, local onde os fatos aconteceram, em Taguatinga, tampouco da distribuidora de bebidas localizada no Posto Shell, na mesma região.

As últimas atualizações do caso informavam que o coronel foi parar na UTI após ter um surto psicótico. O jovem envolvido no conflito também acabou preso, por disparo de arma de fogo.

O homem foi levado até a unidade após se queixar de mal-estar e apresentar uma lesão no nariz em decorrência do conflito no motel. O coronel nem sequer chegou a ser encaminhado para o Núcleo de Custódia Policial Militar (NCPM). Isso não foi feito, pois assim que passou no exame de corpo delito do Instituto de Medicina Legal (IML), Edilson alegou as condições físicas.

No documento em que requiriu a internação, o homem afirmou fazer um uso abusivo de drogas e, no episódio de sábado, teria tiro um surto psicótico gerado por perseguição. O coronel ainda afirmou ter depressão e esquizofrenia. Disse que escuta vozes e se sente ameaçado. Devido às alegações, ele foi encaminhado para a UTI em caráter de urgência. Agora, segue cumprindo a liberdade provisória com o uso do aparelho.

Relembre

O caso, que aconteceu no Motel Fiesta, em Taguatinga, é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por disparo de arma de fogo, dano, estupro, ameaça e porte ilegal de arma.

Mensagens colhidas pelos policiais no celular do jovem de 21 anos foram importantes para o auto de estupro feito contra Edilson. Segundo a PCDF, tudo começou com uma denúncia de disparos no local do crime. Ao chegar lá, os agentes encontraram o jovem com Edilson, e começaram a apurar a situação. Os disparos foram efetuados pela própria vítima.

Conforme os depoimentos, o garoto estava voltando de uma conveniência a pé, quando foi abordado pelo coronel e instigado a entrar no carro do mesmo para usar drogas. Ao aceitar e entrar no veículo, ele diz ter sido coagido a fazer sexo com o homem.

A dupla se dirigiu para o motel e lá os dois teriam feito uso de drogas, logo após, o jovem tentou escapar e efetuou os disparos, a polícia chegou em sequência. Ninguém se feriu com os tiros. Segundo o garoto, o uso da arma foi necessário pois ele estava sendo impedido de sair do local.

A polícia afirma que Edilson confirmou parte da história do rapaz, mas negou o estupro. Segundo ele, os dois se desentenderam e a situação ficou extrema, mas todos os atos sexuais foram consentidos.

Edilson é diretor de Apoio Logístico e Finanças, do Departamento de Logística e Finanças, do Comando-Geral da PMDF. O caso segue sob investigação da PCDF.

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