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Brasília

Coronavírus: entenda a diferença entre o teste rápido e o de PCR

Testes começaram a ser realizados nesta terça (21)

Redação Jornal de Brasília

21/04/2020 13h27

Lara Oliveira, Maria Clara Andrade e Rayssa Loreen
Jornal de Brasília/Agência UniCEUB

Com o aumento de casos do Covid-19 e o crescimento de mortes nas últimas semanas, os testes para o novo coronavírus têm sido grande aliados para analisar o panorama da doença no país. Entenda a precisão de cada teste e quando procurar ajuda.

A testagem em massa pode ajudar a reduzir as contaminações. Foto: Pixabay

Atualmente, estão sendo realizados dois testes para identificação do vírus: os testes rápidos e os testes de PCR ou RT-PCR. O ex-secretário da saúde do DF e atual diretor-presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, explica as principais diferenças entre os dois testes. Ele salienta que os testes atendem a diferentes finalidades. O teste PCR ou RT-PCR é mais trabalhoso e analisa amostras retiradas da cavidade nasal e de orofaringe para determinar a presença do vírus.

“É uma técnica de biologia molecular, que utiliza a amplificação do RNA do vírus, gerando várias cópias de sequência desse material para que ele possa ser identificado. O PCR é padrão ouro por fazer identificação do vírus e normalmente está sendo utilizado em casos mais graves de pacientes que estão internados e encaminhados para UTI”, esclarece.

Ao contrário da PCR, o teste rápido identifica os anticorpos IgM e IgG e não o vírus em si. “Nós fazemos a pesquisa do anticorpo IgM para casos agudos da doença e IgG, que também são detectáveis, mas já no período crônico. A amostra utilizada no exame é sangue total ou plasma, mas também pode se utilizar o soro que é a parte líquida do sangue. Observamos que os testes que tem chegado no Brasil são todos utilizando o sangue total”, explica Okumoto.

“A principal diferença então é que o exame do PCR em tempo real detecta o vírus e no caso do teste rápido ele detecta os anticorpos, IgM e IgG, isso em sua maioria que estão dispostos nas instituições de saúde”, esclarece, Okumoto. Para o especialista, o ideal é que o teste seja realizado após 7 dias do surgimento do aparecimento dos sintomas, para que o teste apresente precisão e fuja dos falso-positivo e falso-negativo.

Os testes rápidos variam de tempo na entrega do resultado. Se utilizado apenas uma gota de sangue, o diagnostico pode ser recebido em até 30 minutos, porém, se for feita a análise sorológica do sangue pode chegar a até seis horas. O RT-PCR leva mais tempo, entre 24 a 48 horas. Os preços dos testes em laboratórios particulares variam entre R$ 250,00 a R$370 reais.

Testagem rápida no DF

A partir desta terça-feira (21), será realizado a testagem em massa para a detecção do vírus. A Secretaria da Saúde do Distrito Federal informou que 100 mil testes serão realizados nessa primeira etapa. Será dada preferência para pessoas que estejam com sintomas de gripes, incluindo febre, há pelo menos uma semana.

Locais de testagem

  • Unieuro Águas Claras
  • Uniplan Águas Claras
  • Residência Oficial
  • Mane Garricha
  • Parque da Cidade

Há previsão de expansão nos pontos de testagem nos próximos dias.

Funcionamento

Todos os pacientes que fizerem o teste serão cadastrados na entrada do drive-thru (leia mais no Jornal de Brasília) e passarão por triagem de temperatura, através de câmera térmica, feita pelo Corpo de Bombeiros. Aqueles que não apresentarem sintomas não farão a testagem.

 

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