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Brasília

CLDF altera LDO para viabilizar nomeações de agentes de combate à dengue

A medida consta do projeto de lei nº 846/2024, encaminhado pelo Executivo para a Casa no último 24 de janeiro e lido em plenário nesta tarde

Redação Jornal de Brasília

01/02/2024 23h38

Agência CLDF

O Distrito Federal lidera o ranking de casos de dengue no Brasil: segundo o Ministério da Saúde, foram 31.236 apenas em janeiro; ou seja, 1.108 a cada 100 mil pessoas. Para fazer frente a essa epidemia, a Câmara Legislativa aprovou nesta quinta-feira (1º), em sua primeira sessão deliberativa do ano, alteração à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2024) para permitir a contratação de 150 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAs).

A medida consta do projeto de lei nº 846/2024, encaminhado pelo Executivo para a Casa no último 24 de janeiro e lido em plenário nesta tarde. O PL ajusta o anexo de despesas com pessoal da LDO-2024, aumentando o orçamento para custear a nomeação de 150 aprovados em concurso público para o cargo de AVAs. A despesa estimada passa, então, de R$ 8,7 milhões para R$ 20,5 milhões.

Esses agentes, ao lado dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), têm papel fundamental na prevenção da dengue e no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Devidamente identificados, esses profissionais vão de porta em porta orientando os moradores e, se necessário, tratando os possíveis focos.

O GDF conta com cerca de 370 agentes de Vigilância Ambiental. Em meio à explosão dos casos de dengue no DF, o governo nomeou, em janeiro, 75 AVAs. Com a aprovação do PL nº 846/2024, mais 75 aprovados no concurso poderão ser convocados.

Ao texto do Buriti, os deputados aprovaram, também, uma emenda, incluindo autorização para nomeação de 300 enfermeiros (20h), 800 técnicos de enfermagem (20h) e 200 odontólogos.

O texto foi aprovado em dois turnos e redação final, e agora vai à sanção do governador.

O presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), ressaltou que o assunto é uma das prioridades da CLDF. Ele elogiou o PL que vai permitir a nomeação de mais AVAs, mas reconheceu que a medida “é tímida frente às necessidades”.

Envolvimento da população

Vários deputados trataram da importância de a população somar esforços ao governo para combater a dengue. “É preciso um trabalho conjunto: há equipamentos públicos abandonados que viram foco do mosquito e a população joga muito lixo nas ruas”, afirmou a deputada Paula Belmonte (Cidadania).

Rogério Morro da Cruz (sem partido) foi na mesma linha: “A população tem de fazer sua parte. Muita gente coloca o lixo no horário errado. É preciso limpar os lotes, olhar as calhas para não ficar água parada. Todos nós somos culpados”.

O deputado Pepa (PP) elogiou o empenho dos profissionais da Saúde para conter a dengue e pediu a colaboração da sociedade: “A comunidade tem de ter consciência e cuidar da gestão do lixo”. Ele ressaltou também que essa preocupação tem de ser durante o ano inteiro, “não só no período de crise”.

Já o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) reforçou a “necessidade urgente” de contratações. “O governador é sensível, precisamos contratar servidores para atenderem na ponta”.

*Com informações de Denise Caputo – Agência CLDF

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