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Brasília

Centros olímpicos e paralímpicos se destacam em artes marciais inclusivas

Todas as sete modalidades do exercício são oferecidas gratuitamente nos COPs em turmas mistas, compostas por pessoas com e sem deficiência

Redação Jornal de Brasília

08/06/2022 13h31

Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

Nos Centro Olímpico e Paralímpico de Samambaia, Gustavo Silva Horta, de 17 anos, se sente diferente, com a sensação de acolhimento. Lá, o jovem que tem transtorno do espectro autista (TEA), pratica jiu-jitsu e futebol ao lado de pessoas com e sem deficiência.

“Por ele ser autista, eu me sinto até emocionada”, define a mãe, a dona de casa Evanyr Santana da Silva, 52 anos. Ela acompanha Gustavo em todas as atividades e pode ver de perto como o filho se desenvolve em meio a turma inclusiva. “Nesse momento aqui, eu sinto que meu filho está incluído, que as pessoas o estão vendo de verdade. Ele chega em casa feliz da vida. Já sonha até em ser atleta”.

Atualmente, os COPs têm 7 mil vagas destinadas à prática de artes marciais. Nem todas estão preenchidas, mas estima-se que 10% delas são ocupadas por pessoas com deficiência. “Uma coisa importante é que, nos últimos anos, o percentual de PCDs [pessoas com deficiência] mais que dobrou. Antes não chegava a 2%”, diz José Luciano.

Avanços

Só no COP de Samambaia, são cerca de 100 alunos com deficiência inscritos em diversas modalidades. “Temos turmas inclusivas nas lutas, no futebol, na ginástica, no tênis, no atletismo, na natação, na hidroginástica. Todas já tiveram algum aluno PCD”, afirma a coordenadora de Pessoas com Deficiência do COP de Samambaia, Débora Leite Carmelo.

Segundo a gestora, antes de os alunos com alguma deficiência começarem nas turmas regulares, a coordenação faz uma avaliação – algumas vezes, até testes, sempre com o objetivo de atender as demandas. De acordo com Débora, as práticas são aliadas em diversos aspectos. “É algo para fugir de toda essa pandemia e um benefício grande para a saúde”, explica.

Para a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, a inclusão dentro dos COPs é fundamental. “Com toda essa inclusão, vemos a democratização do esporte”, valoriza. “É interessante porque temos as modalidades exclusivas [são 12 só para PCDs] e temos essas que são inclusivas – algo que faz toda a diferença nas nossas missões.”

De acordo com Giselle, o Centro Olímpico Parque da Vaquejada é responsável pelo maior percentual de PCDs no projeto de futebol do Instituto Léo Moura. “São mais ou menos 30% de alunos com deficiência, a maior quantidade do projeto no Brasil”, diz.

Inscrições

Os 12 COPs do Distrito Federal ofertam modalidades esportivas individuais e coletivas para crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência. As atividades são desenvolvidas nos turnos matutino, vespertino e noturno. Às segundas-feiras, as aulas ocorrem apenas no turno vespertino, das 14h às 18h; de terça a sexta-feira, das 6h às 22h; e sábado, das 6h às 13h.

As inscrições podem ser feitas neste site ou em uma unidade do COP. Todas as atividades são gratuitas.

Com informações da Agência Brasília

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