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Brasília

Ceilândia terá 150 leitos disponíveis para pacientes com dengue

Hospital de campanha montado pela Aeronáutica integrará complexo de atendimento da doença junto com outros dois locais

Redação Jornal de Brasília

02/02/2024 11h56

Fotos: Renato Alves/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) e a Aeronáutica definiram, nesta sexta-feira (2), a logística para a instalação do Hospital de Campanha (HCamp) ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ceilândia e do Hospital Cidade do Sol, na Área Especial D, Via P1 Norte. Juntas, as três estruturas vão reunir cerca de 150 leitos, para tratamento e internação de pacientes.

O HCamp será destinado apenas a casos de dengue. O Hospital Cidade do Sol receberá servidores da Secretaria de Saúde para poder atingir a sua capacidade de 60 leitos de internação. A UPA, por sua vez, segue recebendo pacientes graves, para tratamento e internação.

“A dengue tem estrangulado ainda mais a saúde pública. Esse local aqui foi estrategicamente escolhido porque 40% dos casos de dengue estão referenciados em Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol. Esse hospital da Aeronáutica vai cuidar e tratar exclusivamente dos casos de dengue”, pontuou a vice-governadora Celina Leão durante visita ao local.

A estrutura temporária da Aeronáutica vai funcionar durante 45 dias, 24 horas por dia, e todo o corpo de funcionários, inclusive os médicos, será cedido pela corporação do governo federal. A expectativa é que a montagem comece nos próximos dias. O atendimento será de porta aberta, ou seja, a população pode buscar atendimento no local, diferentemente do Hospital Cidade do Sol que necessita de regulação e encaminhamento dos pacientes.

Hospital de campanha é um reforço no atendimento a uma população de quase 900 mil habitantes que conta com o maior número de casos registrados de dengue, disse a secretária Lucilene Florêncio

“É um hospital construído em módulos. Serão oito módulos, sendo sete assistenciais e um de laboratório. Nós teremos aqui a força de trabalho do RH da Aeronáutica, todo o corpo de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e os profissionais que virão junto com o hospital. O local onde nós temos o maior número de casos registrados e uma população de quase 900 mil habitantes. Então, nós precisamos entender que esse momento precisa de um olhar especial”, detalhou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

O complexo no P Norte também contará com o apoio da UPA Ceilândia II, no Setor O, e do Hospital Regional de Ceilândia no encaminhamento de pacientes de acordo com a demanda, uma vez que o Hospital Cidade do Sol e a UPA continuarão recebendo pacientes de outras enfermidades.

A medida é mais uma parceria do GDF com o Ministério da Defesa, que também cedeu nos últimos dias 247 militares para reforçar as ações do governo. Os militares estão nas ruas, nas vistorias às casas, como motoristas de fumacê e atuando nas ambulâncias, e cederem camas de campanha.

“A ideia é montar oito unidades de saúde. O atendimento vai ser clínico e pediátrico na situação de dengue. Vamos dar o primeiro atendimento, fazer a parte de hidratação rápida, que seriam os casos menos graves e aqueles que precisam de uma hidratação um pouco mais prolongada, de 24 a 48 horas. Precisou de uma internação mais séria, eles seguem para a retaguarda aqui do hospital, da UPA ou uma regulação para um hospital de maior capacidade”, acrescentou o brigadeiro Mauricio Braga, subdiretor de Saúde da Aeronáutica.

Multa por descarte de lixo

Durante a agenda, a vice-governadora Celina Leão também anunciou que as administrações regionais vão auxiliar a Secretaria DF Legal na questão das multas por descarte irregular de resíduos nas ruas. Elas estão autorizadas a registrar o descarte irregular de lixo pela população e enviar ao DF Legal para que a infração seja aplicada.

“Seguimos nossa guerra contra o descarte ilegal de lixo. Os administradores vão poder filmar, encaminhar para o DF Legal e eles vão fazer aquela multa de forma virtual e administrativa. Hoje a prerrogativa exclusiva de quem pode multar é somente do DF Legal e continuará sendo. O que muda com a portaria? Muda a forma da aplicação da multa. Antes, o fiscal teria de ir lá para configurar o descarte regular para fazer a multa. Agora, o próprio administrador, porque ele tem fé pública, pode gravar a ação e encaminhar ao DF Legal para multar”, acrescentou Celina Leão.

Com informações da Agência Brasília

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