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Brasília

CCJ aprova projeto que reconhece o grafite como manifestação artística cultural no DF

Segundo Eduardo Pedrosa, a medida vai valorizar a arte do grafite exposta em espaços públicos do DF. “O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores do mundo”

Marcus Eduardo Pereira

23/03/2021 19h32

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa aprovou, em reunião na manhã desta terça-feira (23), o PL 1.440/2020, do deputado Eduardo Pedrosa (PTC), que reconhece a prática do grafite no DF como manifestação artística de valor cultural, com o objetivo de democratizar o acesso à arte e revitalizar a paisagem urbana.

De acordo com o texto, a obra grafitada não poderá fazer referência a marcas ou produtos comerciais, nem conter mensagem de violação aos direitos humanos ou de cunho pornográfico, racista, preconceituoso, ilegal ou ofensivo a grupos religiosos, étnicos ou culturais.

A proposta determina ao poder público inserir socialmente as pessoas envolvidas com pichação, promovendo ações educativas de prevenção e diálogo com os infratores, além de possibilitar às empresas privadas e à sociedade civil, em parceria com artistas e movimentos culturais, a manutenção e preservação dos grafites.

Segundo Eduardo Pedrosa, a medida vai valorizar a arte do grafite exposta em espaços públicos do DF. “O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores do mundo”, avalia, ao acrescentar que se trata de arte democrática e humanizadora. Contudo, o parlamentar entende que há “diferença drástica entre grafite e pichação, visto que, respectivamente, um representa a arte e a cultura popular, enquanto o outro é uma forma expressa de vandalismo e destruição das vias e edificações”. Com a efetivação da proposta, Pedrosa acredita que o grafite como arte vai proporcionar a transformação social em áreas degradadas.

“O grafite é a marca das periferias do DF”, observou o relator da matéria na CCJ, deputado Professor Reginaldo Veras (PDT), ao parabenizar Pedrosa pela iniciativa. O projeto foi aprovado no colegiado com duas emendas, que suprimiram os artigos 2º e 5º do texto original a fim de adequá-lo à Lei Orgânica do DF. Já aprovado pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), o projeto segue agora para apreciação do plenário da Casa.

Participaram da reunião remota, transmitida ao vivo pela TV Web CLDF e pelo canal da Casa no Youtube, os deputados Jaqueline Silva (PTB), Professor Reginaldo Veras (PDT), José Gomes (PSB) e Daniel Donizet (PL).

As informações são da CLDF

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