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Brasília

Casos de dengue seguem em alta no DF, e pico da doença é incerto

Segundo o Ministério da Saúde, ainda é cedo para afirmar quando a capital viverá o maior número de casos da doença

Carolina Freitas

27/02/2024 16h23

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Com os altos casos de dengue no Distrito Federal, 100.558 casos prováveis desde o início de 2024, o Ministério da Saúde afirma que é cedo para dizer quando a capital viverá o pico da doença. Ainda de acordo com a pasta, historicamente entre março e abril são esperados números mais elevados de contaminação pelo Aedes aegypti.

 

Em 2023, o pico de casos de dengue foi registrado na 15ª Semana Epidemiológica, em abril. Mas, segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES), “qualquer estimativa de quando se dará o pico de casos vem com grande incerteza”. O cenário da capital é analisado diariamente pela pasta, visto que a epidemia deste ano apresenta-se fora dos padrões, tendo se iniciado de maneira mais precoce.

 

Os motivos que elevaram os casos para janeiro e fevereiro ainda não foram totalmente compreendidos, mas de acordo com a SES, um dos fatores pode ser a maior favorabilidade climática para o mosquito da dengue se desenvolver, além da circulação predominante do sorotipo 2 da doença, no qual em 2024 contou com mais pessoas susceptíveis a contrair este sorotipo.

 

“Não existem dados precisos referente a real taxa de susceptíveis na população para cada sorotipo. Por isso, ainda existem imprecisões naturais referentes a como se dará o comportamento do vetor nas próximas semanas, uma vez que o comportamento do vetor é influenciado tanto pelas variáveis climáticas como pelas ações de combate que vem sendo realizadas”, informou a SES.

 

Ainda segundo a pasta, nas semanas epidemiológicas seis e sete, deste ano, houve uma redução nas notificações de casos de dengue, mas os dados de atendimento da semana oito indicam uma nova elevação. “É possível que parte da queda da semana seis e sete esteja relacionada ao feriado do Carnaval, no qual pode ter influenciado na menor procura dos cidadãos pelos serviços de saúde”, diz.

 

“Diferente das semanas seis e sete, a semana oito sugere que a transmissão ainda se mantém sustentada. O que podemos afirmar é que enquanto tivermos no período favorável à reprodução do vetor estaremos em risco para manutenção da epidemia na população e deveremos nos manter vigilantes e ativos nas ações de combate ao Aedes”, completou a pasta.

 

O momento é de combater o Aedes aegypti

 

Para o Ministério da Saúde, “o momento é de intensificar os cuidados e unir esforços de toda a sociedade e dos gestores públicos para prevenção da doença e eliminação dos focos da dengue. Essa é a principal forma de evitar transmissão e novos casos da doença”.

 

Conforme dados passados pelo Ministério ao Jornal de Brasília, desde 2023 a pasta monitora os casos de dengue em todo o Brasil, e no DF. Além disso, coordena uma série de ações para enfrentamento da doença. Dentre elas estão: o aumento do repasse em até R$ 1,5 bilhão para apoiar estados, municípios e a capital no combate ao Aedes aegypti.

 

Já a SES/DF foca nos atendimentos e eliminação dos focos de dengue na capital. A pasta já egistrou mais de 932 mil atendimentos de pacientes com dengue em 2024, sendo 652.175 na rede de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas tendas montadas junto a nove administrações regionais, além de 280.822 em emergências de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

 

Ainda de acordo com a pasta, apenas este ano, já houve 2.879 internações em leitos gerais, com tempo médio de dois dias e 14 horas para alta. As internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegaram a 214. Em relação às ações de combate ao mosquito da dengue já foram concluídas 889 ações dos carros de fumacê ao longo do ano de 2024. A campanha de vacinação registrou, até a última sexta-feira (23), a aplicação de 22.094 doses.

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