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Brasília

Caso Villela: testemunha era professor de Adriana à época do crime

Conforme relatou o professor, a acusada “sempre se mostrou muito indignada com as injustiças sociais”, e lutava para mudar cenários de opressão

Aline Rocha

26/09/2019 17h59

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Olavo David Neto
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O professor Elimar Pinheiro do Nascimento foi a quarta testemunha no processo de Adriana Villela, ré no caso do crime da 113 sul, desta quinta-feira (26). Docente na Universidade de Brasília, ele deu aulas de Política Pública e Meio Ambiente no mestrado em Arquitetura da acusada. Ele marcou o quinto depoimento convocado pela defesa de Adriana no julgamento no Júri Popular que definirá se ela encomendou ou não o assassinato de José Guilherme e Maria Villela, os próprios pais.

Elimar descreveu Adriana como uma pessoa doce e atenta às necessidades de terceiros. Ressaltou os trabalhos sociais que ela desenvolvia em comunidades carentes e, para surpresa da acusação, classificou-a como uma pessoa simples. “O que me chamava atenção na Adriana era o desapego a coisas materiais. Ela se vestia, ao meu ver, mal, e tratava muito bem as pessoas subalternas”, declarou a testemunha.

Conforme relatou o professor, a acusada “sempre se mostrou muito indignada com as injustiças sociais”, e, segundo relatou o docente, lutava para mudar cenários de opressão. Além disso, classificou Adriana como “muito carinhosa”, e relatou que amigos da acusada comentavam “que o dia da Adriana não tinha 24h, porque ela estava sempre disposta a ajudar”, segundo o docente.

O depoimento de Elimar revelou que ele esteve por duas vezes no apartamento do casal Villela, e em uma oportunidade Adriana foi à casa do professor “pois era artista plástica e minha esposa também”, comentou o depoente. Ele nega, porém, contato com José Guilherme e Maria Villela. Sobre as cartas de Maria à filha – nas quais a mãe pede que ela “procure tratamento” para o comportamento agressivo da, hoje, ré -, Elimar entende como “um desentendimento, mas imagino que seja normal na relação familiar”.

“Perversidade”

Foi trazido à tona uma fala de Adriana de 2009 na qual aponta que teria, dali a pouco tempo, teria nas mãos uma fortuna para gerir. A citação veio na pergunta do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), respondido com ímpeto pelo professor universitário. “Essas acusações são uma perversidade, principalmente se direcionadas a uma pessoa que sempre mostrou um desapego material muito grande”, bradou o depoente

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