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Brasília

Casal no Sudoeste reclama de barulho de crianças em pula-pula

Reclamantes pedem remoção do brinquedo por causa dos gritos das crianças. Demais moradores não veem fundamentação jurídica na reclamação

Willian Matos

07/04/2021 11h53

Foto cedida ao JBr

Um casal morador do bloco D da superquadra 302 do Sudoeste registrou, na terça-feira (6), uma reclamação para a prefeita da quadra. A queixa é referente ao barulho que as crianças estariam causando em um pula-pula instalado entre os blocos D, E e F.

O casal deseja que o pula-pula seja retirado ou instalado em outro local. “Nossa saúde e nossa paz seguem sendo atingidas no dia a dia”, afirmam os reclamantes, em nota. Eles criticam o fato de o brinquedo ser utilizado “por todo o dia até o início da noite, todos os dias da semana”, e alegam que as crianças gritam durante a diversão.

“Não bastassem os gritos das crianças que estão no brinquedo, as práticas são frequentemente acompanhadas dos gritos de estimulação ou de aplauso dos acompanhantes, como também do choro de inconformismo/frustração das
crianças que não puderam entrar no jogo naquele momento”, cita o casal. “Cabe perguntar: quantos ruídos dessa natureza e intensidade, que excedem os limites das normas ambientais aplicáveis, pode uma pessoa normal suportar a cada hora, dia, mês, antes que registre problemas nervosos sérios ou enlouqueça?”, indaga.

Veja o documento completo:

Reclamação – Pula-pula by Jornal de Brasília on Scribd

Vizinhos rebatem

A cama elástica foi instalada por um grupo de pais da região há mais de dois anos. Estes moradores emitiram uma carta-resposta. A moradora Camila Cristina da Silva afirma ao Jornal de Brasília que ninguém mais reclamou do brinquedo e rebate a solicitação do casal.

“Na minha opinião, a reclamação é exagerada e sem fundamento jurídico”, considera. “O uso da cama elástica não acontece em longos períodos por ser uma atividade cansativa. A criança que entra para brincar, fica por, no máximo, dez minutos”. A moradora frisa ainda que as crianças usam máscara durante a brincadeira, e que só são permitidas três pessoas por vez. Todas devem ter menos de oito anos.

Leia a carta-resposta dos moradores:

Carta-resposta – Pula-pula by Jornal de Brasília on Scribd

A prefeita da quadra, Regina Boghossian, antecipou ao JBr que o casal reclamante não quer dar entrevistas sobre o caso. A prefeita disse ainda que levou o caso à Administração Regional do Sudoeste, que, por sua vez, recomendou que sejam feitos abaixo-assinados a favor e contra o pula-pula. “Quem tiver mais assinaturas, ganha. Eu, como prefeita, não posso tirar, não posso nada”, comentou.

Regina ponderou que o casal “gosta de crianças”. “Só estão pedindo para gritar mais baixo”, comentou. “A cama elástica tem um horário. É de 8h às 20h. Estou pensando em reduzir para às 18h, mas não adianta, porque 10h30 eles já reclamam dos gritos”, disse.

Foto cedida ao JBr

A princípio, o caso será resolvido mediante os abaixo-assinados que forem criados, como ressaltou acima a prefeita. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia elaborado um abaixo-assinado pedindo a remoção do pula-pula.

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