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Brasília

Casal divide paixão pela moda sustentável e se destaca na fabricação de bolsas de couro de peixe

Além do amor pela atividade profissional, eles ainda se sentem felizes por trabalharem ao lado de quem amam

Redação Jornal de Brasília

09/06/2023 11h13

Foto: Divulgação

O sucesso profissional ou de um negócio bem-sucedido depende de muitos fatores e, entre eles, está amar o que se faz. Para os empreendedores Tiago Liporoni e Violeta Bucar, da HLOS, esse conceito faz todo o sentido, pois além do amor pela atividade profissional, eles ainda se sentem felizes por trabalharem ao lado de quem amam.

Eles se conhecem desde a adolescência e casados há 17 anos. Em 2018 decidiram criar a HLOS – High Level Of Style, uma marca brasiliense de slow fashion, que possui um portfólio variado, incluindo uma linha de bolsas e carteiras feitas à mão em couro exótico de peixe pirarucu, python e em couro bovino, além de sandálias, semijoias e óculos de sol.

A empresária Violeta Bucar, que por muitos anos atuou como modelo e jornalista especializada em moda, conta que a HLOS – nome que na tradução literal do inglês é “alto nível de estilo” – nasceu depois que ela percebeu a necessidade de trazer para o mercado nacional as tendências vistas nas passarelas internacionais, com o foco em produtos de alto nível e sustentáveis.

Sempre estudei e trabalhei com moda e tinha essa vontade de ter uma marca e, junto com o Tiago, criei a HLOS, trabalhando inicialmente com e-commerce e depois mais fortemente com as redes sociais e showroom, que abrimos no nosso apartamento”, disse.

A marca segue o conceito da moda sustentável que, em todas as suas etapas, preza pelo respeito ao meio ambiente e à sociedade, valorizando as pessoas envolvidas na produção e incentivando o consumo consciente.

Nosso carro-chefe é a bolsa de couro de peixe de pirarucu, da bacia do Rio Amazonas, que hoje também é encontrado em criatórios. É um produto genuinamente brasileiro, que é usado na indústria da moda há menos de 20 anos e que passou a ser muito admirado. Até então, se aproveitava a carne do peixe e a pele virava lixo. Mas com o investimento em tecnologia para uso desse couro, temos um produto sustentável e que, em sua produção, ainda ajuda na renda das famílias ribeirinhas”, destaca a empresária, ao lado do marido Tiago.

As bolsas HLOS são feitas à mão de forma artesanal, utilizando o couro como matéria-prima, e recebem nomes de algumas metrópoles do mundo, como Mônaco, Nice, Roma, de acordo com o design, material e formato. “Cada bolsa se torna única, pois não existem couros iguais, e o formato e tamanho das escamas do couro do pirarucu variam conforme com o tamanho do peixe”, explica.

As peles do pirarucu utilizadas nas bolsas HLOS são subprodutos da indústria pesqueira e vêm de criatórios regulamentados ou de programas de manejo sustentado e controlado. A preservação dos recursos naturais é garantida, e toda a pesca é controlada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis-IBAMA.

O tingimento do couro usado nas bolsas HLOS é feito de forma orgânica e artesanal, utilizando insumos isentos de metais pesados, especialmente o cromo. Isso garante um couro com maior maciez, durabilidade e cores mais vivas e intensas.

A empresária conta que empreender com o marido foi uma opção natural, mas também desafiadora, devido a lançar uma marca própria em um mercado tão concorrido.

O Tiago já teve outras empresas, e resolvemos aliar a experiência dele na área administrativa com a minha nessa parte criativa. Mas por trabalharmos juntos, 24 horas, um do lado do outro, as funções se misturam, e um sempre está dando suporte ao outro. Tudo isso ajuda, pois nesse desafio de criar a própria marca, e não só trabalhar com a venda de marcas já conhecidas, que é algo mais simples, é importante ter esse suporte, para acreditar no negócio, trabalhar e seguir em frente”, resume Violeta.

Parceria com o Sebrae

Os primeiros passos da HLOS, conta Violeta Bucar, não foram dados nas passarelas da moda e sim, a partir de um aprendizado e capacitação constante sobre empreendedorismo e gestão dos negócios dos idealizadores da marca junto ao Sebrae no DF.

Antes mesmo da empresa nascer, o Sebrae já fazia parte do negócio. Foi através do Sebrae que recebemos a orientação para registrar a marca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e também tivemos consultoria de planejamento financeiro, entre outras orientações importantes para trilharmos esse caminho”, destaca a empresária.

Recentemente, o casal participou do LabDay Moda, promovido pelo Sebrae no DF, uma exposição de startups que demonstram ações e experiências sensoriais e práticas para a inovação dos negócios de moda.

Foi muito bom e sempre estamos vendo o que tem de conteúdo, como podemos aplicar ao nosso negócio e inovar, pois temos planos de crescer, de levar nossos produtos para fora do Brasil”, vislumbra Violeta.

E, ao que tudo indica, essa realidade está muito próxima de acontecer.

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