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Brasília

“Carnaval pode aumentar casos de covid”, diz Saúde

Durante o feriado, Festas típicas, como blocos, bailes, desfiles e shows, estão proibidas com ou sem cobrança de ingresso

Geovanna Bispo

24/02/2022 16h09

Foto: Reprodução

Após os casos e a Taxa de Transmissão (Rt) da covid-19 finalmente parecerem dar uma trégua ao Distrito Federal, o carnaval se aproxima e, com ele, o espírito festivo. Mesmo com a promessa de intensificação da fiscalização dos eventos carnavalescos, a Secretaria de Saúde tem se mostrado preocupada com as consequências dos próximos dias.

“Evidentemente, tem se observado esse comportamento epidemiológico, esse recuo tanto no número de casos e também da transmissão da covid-19 no Distrito Federal. Porém, deve-se ressaltar que o Carnaval pode ser um evento que vai trazer, significamente, algum aumento. Espera-se que nós passemos por esse momento para podermos observar de fato essa queda significativa”, disse o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos.

Durante o feriado, Festas típicas, como blocos, bailes, desfiles e shows, estão proibidas com ou sem cobrança de ingresso. Segundo o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, ao menos 41 festas pagas já estão no radar da fiscalização.

Desde dezembro do ano passado, quando a ômicron chegou à capital e os casos do vírus começaram a aumentar rapidamente, a pasta já vinha trabalhando com a perspectiva de declínio dos casos após o meio de fevereiro. Hoje, com os números diminuindo rapidamente, a secretaria ainda não parece pronta para relaxar.

“Como gestor da Saúde, eu trabalho com a pior hipótese, e estou sempre rezando para que não aconteça. Mas estamos nos preparando sim, com insumos, com leitos e com atividades. De modo que não quero de forma nenhuma que haja um tipo de desassistência caso aconteça”, explicou o secretário da Saúde, general Manoel Pafiadache. As falas ocorreram em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (24).

Pós-carnaval

Algumas horas antes da coletiva, o Fórum Nacional de Governadores agendou, para o próximo dia 15, uma reunião para avaliar uma possível flexibilização do uso de máscaras em todo o país a partir de março.

Para uma melhor avaliação, os governadores solicitaram uma análise técnica ao comitê científico, que assessora o grupo voluntariamente, sobre o cenário pandêmico.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia solicitado um estudo semelhante, que avaliava a desobrigação da proteção para vacinados ou para quem já havia sido infectado com o vírus. A avaliação foi discartada com a chegada da ômicron.

Em Brasília, Ibaneis Rocha (MDB) avalia a flexibilização para logo após o carnaval. A medida deve depender da taxa de ocupação das UTIs e a Taxa de Transmissão. Atualmente, a ocupação dos leitos na rede pública do Df está em 80% e o Rt em 0,80.

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