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Brasília

Brasilienses não sofrerão com racionamento de água

A Adasa monitora as chuvas no DF por meio de 45 estações pluviométricas e acompanha as vazões dos nossos rios

Catarina Lima

29/06/2021 18h38

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A Agência Reguladora de Águas do Distrito Federal (Adasa) afirmou que a crise hídrica não afetará os moradores do DF de forma tão intensa quanto os de outras localidades. Enquanto em outras localidades as pessoas sofrerão com racionamento no abastecimento, a Agência afirmou que de acordo com dados do “Monitor de Secas”, do qual participa, a capital experimenta uma condição mais favorável que as demais áreas da região centro-sul do país.

“Neste ano de 2021, os reservatórios de abastecimento humano do DF – Descoberto e Santa Maria – atingiram e mantiveram 100% do volume útil até meados de maio, no caso do primeiro, e começo de junho, no segundo. Isso reforça a condição de segurança hídrica para todos os sistemas interligados abastecidos por esses reservatórios”, informou a Adasa por meio de sua assessoria.

A Adasa monitora as chuvas no DF por meio de 45 estações pluviométricas e acompanha as vazões dos nossos rios por meio de 55 estações fluviométricas. Também são acompanhados diariamente os níveis dos três grandes reservatórios do DF, Descoberto, Santa Maria e Paranoá.

A seca enfrentada pelo Brasil é a maior dos últimos 91 anos. Embora não vá passar pelo racionamento, o brasiliense não vai se livrar do reajuste de energia causado pela crise hídrica. Esse valerá para todo o país. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou em 52% a bandeira vermelha nível 2. Esse percentual incidirá sobre a tarifa adicional cobrada por quilowatt/hora, que na faixa vermelha mais alta hoje é R$ 6,24 e passará para R$ 9,49. Essa taxa serve para cobrir os custos extras da energia e desestimular o consumo.

A Agência local esclareceu, no entanto, que os sistemas isolados de abastecimento, que dependem de mananciais menores, não interligados aos sistemas principais de abastecimento, Descoberto e à Santa Maria, tendem a sofrer maior pressão nos últimos meses de estiagem, ou seja, em setembro e outubro. “Para garantir maior segurança hídrica às populações abastecidas por esses sistemas isolados, a Adasa estabelece regras para uso da água dos rios das respectivas bacias hidrográficas”.

A Adasa também garantiu que ao contrário de outras localidades em que os governantes poderão ter de escolher entre gerar energia ou atender à agricultura, no DF não haverá esse conflito entre a geração de energia e a agricultura, já que o único reservatório que gera energia na cidade é o Lago do Paranoá e as águas do reservatório não são usadas para irrigação.

Como faz todos os anos, a Adasa publicará nos próximos dias a resolução que estabelecerá as curvas de acompanhamento dos volumes úteis dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria. Publicadas anualmente no início do período da estiagem, a resolução das curvas de acompanhamento estabelece níveis mínimos de volume útil que são observados pelo operador desses reservatórios de abastecimento, a Companhia Brasileira de Água e Esgoto (Caesb).

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