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Brasília

Brasília, a cidade mais educada do país

É o que afirma uma pesquisa feita pela plataforma de idiomas Preply, que colocou a capital federal como líder de um ranking de gentileza

Redação Jornal de Brasília

18/01/2023 16h48

Foto: Agência Brasil

Gabriel de Sousa

De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma de idiomas Preply, Brasília é a cidade com a população mais educada do Brasil. O estudo, que entrevistou 1,6 mil moradores das 15 maiores metrópoles brasileiras, colocou a capital federal no topo do ranking de boa educação. Em contrapartida, Goiânia, capital do nosso estado vizinho, ficou na última colocação.

A pesquisa da Preply calculou de 0 a 10 uma pontuação média de “falta de educação” em todas as 15 cidades, levando em consideração a frequência que os moradores presenciaram os comportamentos considerados como hostis pelo mundo. Brasília ficou com a nota 5,74. Em seguida, Natal, capital do Rio Grande do Norte, teve 5,85, e Curitiba, no Paraná, registrou 5,91.

Goiânia, que foi considerada a metrópole mais “mal-educada” do país pelo estudo da Preply, registrou 6,76. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (6,58), que foi criticada pelos respondentes pelo alto barulho e distração no celular, e Porto Alegre (6,50), cuja falta de atenção com pessoas desconhecidas foi o principal motivador do resultado negativo. A maior cidade do país, São Paulo, foi a oitava com o pior desempenho de educação (6,34).

Segundo os pesquisadores da Preply, os motivos que fizeram com que Brasília se tornasse a cidade mais educada do país vieram por conta de pequenas atitudes gentis, como a boa recepção com desconhecidos e pela atenção dos motoristas com os pedestres.

Estudantes “de fora” discordam de resultados

A concordância com a classificação feita pela Preply não foi uma unanimidade entre os brasilienses, principalmente com aqueles que moram na capital, mas que vieram de outras cidades. Para o Jornal de Brasília, duas estudantes de outros estados dizem ter tido experiências mais acolhedoras por outras partes do país.

Cearense de nascença e moradora de Brasília desde 2019, a estudante de comunicação, Maria Suzana Pereira, de 22 anos, defende que Fortaleza, que foi classificada pelo Preply como a 7º menos educada metrópole do país, possui um povo mais gentil do que os brasilienses. “A gente fala com as pessoas de uma forma mais direta e a gente brinca demais. Então, as pessoas que vêm de fora podem sentir isso, achar que a gente é mal-educado”, explica.

Maria Suzana relembra que teve dificuldades de adaptação durante os primeiros dias de vivência em Brasília, já que os moradores da capital seriam “menos simpáticos” que os seus conterrâneos do Ceará. “Eu achei os brasilienses fechados, não mal-educados, mas antipáticos. Eu demorei muito para fazer amizades quando eu cheguei aqui, porque sou muito extrovertida”.

A classificação da educação dos brasilienses também é negativa para a estudante de Artes Cênicas, Jheniffer Oliveira, de 21 anos, que nasceu no interior de Minas Gerais e mora em Brasília há 9 anos. Ela, que já conviveu com moradores de Belo Horizonte e São Paulo, diz que a capital federal ficaria em segundo lugar entre as três, atrás da cidade paulista e acima de BH.

Para Jheniffer, um dos pontos positivos de Brasília realmente é a atenção dos condutores de veículos com os pedestres, fato atestado pela pesquisa feita pela plataforma de idiomas. “Sempre que eu dou sinal, os carros param. Sempre que eu chego perto de uma faixa de pedestre, eles já reduzem a velocidade, então eu considero isso uma coisa boa. Mas eu não considero que eles sejam bons motoristas, porque eles sempre esquecem de dar a seta”, relata.

RA’s são um diferencial

Para quem é daqui de Brasília, o “nível de educação” é diferente entre os moradores das regiões administrativas. É o que defende a estudante de Comunicação, Andrezza Correia, de 24 anos, que considera os populares do Plano Piloto como mais mal-educados do que os habitantes das outras RA’s.

“Às vezes, quando vou em um estabelecimento que fica no Centro, quem está no recinto costuma ficar mais retido, e às vezes nem responde um bom dia. Já nas regiões administrativas, as pessoas conversam mais, cumprimentam e tal” compara a estudante.

Andrezza, que já foi a Goiânia, discorda da classificação dada pela pesquisa, e considera a capital goiana melhor em gentileza do que a federal. “Eles são ‘na deles’, mas foram educados. Principalmente que eu fui num estabelecimento que é de alto nível. Eu vi o povo mais interativo do que seria em um lugar do mesmo naipe aqui”, explica.

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