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Brasília

Arrecadação do DF aumentou 8,09%

O valor passou de R$ 22,7 bilhões para R$ 24,5 bi

Redação Jornal de Brasília

24/02/2021 15h12

João Paulo de Brito
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O Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu os gastos com a folha de pessoal de 43,54% para 42,05% da Receita Corrente Líquida, entre o período de 2019 e 2020. O índice continuou abaixo do limite de alerta determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (44,10%).

Embora a sociedade esteja enfrentando os efeitos causados pela pandemia do coronavírus, o governo da capital federal aumentou em 8,09% a arrecadação referente ao ano de 2019. O valor passou de R$ 22,7 bilhões para R$ 24,5 bi. O destaque foi para as transferências correntes, que subiram de R$ 2,28 bilhões para R$ 3,89 bilhões. Os números foram apresentados por gestores da Secretaria de Economia nesta quarta-feira (24), em audiência remota da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa, referente à avaliação das metas fiscais do terceiro quadrimestre de 2020.

De acordo com o assessor especial da Subsecretaria de Contabilidade, Luiz Barreto, o DF ostenta hoje o melhor nível em capacidade de pagamento (Capag A), com a redução da dívida consolidada liquida de 36,34%, em 2019, para 32,77% em 2020. Esse enquadramento facilita operações de crédito e juros mais baixos. A disponibilidade líquida de caixa, que era de R$ – 629, ficou positiva em R$ 864 milhões. “No governo, há pessoas extremamente comprometidas com esse equilíbrio financeiro de entregar política pública de forma mais intensa, de forma diferenciada para a sociedade”, afirmou Barreto.

O subsecretário também chamou atenção para o “cenário muito bom” demonstrado pela capacidade do Distrito Federal de financiar a receita de capital com a própria receita corrente, o que afasta necessidade de empréstimos. “Mesmo nesse momento de crise estamos fazendo investimentos”, reforçou. O secretário executivo de Orçamento, José Itamar Feitosa, ressaltou que o DF está com uma boa estabilidade econômica. “Nós esperamos que, com o Refis e com outras atitudes tributárias que o secretário [de Economia, André Clemente] está tomando, consigamos manter essa situação de equilíbrio na receita em 2021”.

O presidente da CEOF, Agaciel Maia (PL), agradeceu a apresentação dos números, que considerou “transparentes”, e parabenizou a equipe pelo equilíbrio econômico demostrado, principalmente em relação ao controle do gasto com pessoal. Sobre a arrecadação, o distrital defendeu uma política de regularização fundiária de Brasília, o que poderia resultar, segundo ele, em um significativo incremento do Impostos de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). “Sabemos que mais da metade da cidade não tem escritura pública, então a maioria dos contratos são de compra e venda, em que o Governo não arrecada nada. Uma política fundiária que trouxesse todo mundo para a legalidade aumentaria em quatro ou cinco vezes o ITBI”.

O relatório apresentado será analisado pelos integrantes da CEOF e está disponível na íntegra para consulta pública no portal da CLDF.

Com informações da CLDF

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