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Brasília

Armadilhas capturam mais de 10 mil ovos do mosquito Aedes aegypti

Com a manutenção periódica das estruturas, equipes da Vigilância Ambiental ajudaram a reduzir os casos de dengue em 62% no DF

Redação Jornal de Brasília

04/08/2023 9h01

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília.

Equipes do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul estão atuando na manutenção das armadilhas de captura de ovos do mosquito Aedes aegypti. As chamadas ovitrampas estão entre as estratégias traçadas pela Secretaria de Saúde do DF (SES) que refletem nas quedas de casos prováveis da doença no Distrito Federal. Somente de janeiro a julho deste ano, foram 10.853 ovos do mosquito capturados por meio de 157 armadilhas distribuídas pelas regiões do Cruzeiro e do Lago Sul.

Segundo o Boletim Epidemiológico nº 30, de 28 de julho, houve uma diminuição de 61,9% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. Também não houve registro de mortes. Em 2022, no mesmo período, foram 13 óbitos.

No Cruzeiro Velho, são 30 armadilhas, chamadas ovitrampas, que passam por aproximadamente 120 inspeções por mês. Já no Lago Sul, 127 desses equipamentos recebem cerca de 500 inspeções mensais | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Uma das estratégias adotadas pelas equipes da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) para diminuir a incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é justamente a armadilha de ovitrampa, que simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto, do qual são capturados os ovos para impedir o seu desenvolvimento. Os números de capturas deste ano já superam os de 2022, quando as armadilhas registraram 9.116 ovos depositados.

“Ao todo, temos 30 armadilhas distribuídas em pontos estratégicos do Cruzeiro Velho. A gente seleciona as áreas mais críticas para colocar armadilha, que são as quadras 4, 7 e 10”, explica a chefe do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva. “Essas áreas sempre estavam no vermelho e, desde que instalamos as armadilhas, há um ano, estão no verde, sem casos.”

Chefe do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva: “Essas áreas sempre estavam no vermelho e, desde que instalamos as armadilhas, há um ano, estão no verde, sem casos”

Manutenção

Nesta quinta-feira (3), os técnicos efetuaram a manutenção das armadilhas, que deve ser feita semanalmente. Os equipamentos foram posicionados, há um ano, tanto em estabelecimentos privados, como casas e comércios, quanto em áreas públicas. No Cruzeiro Velho, 30 armadilhas passam por aproximadamente 120 inspeções por mês. Já no Lago Sul, são 127 armadilhas que recebem cerca de 500 inspeções mensais.

A primeira parada foi em uma borracharia no Cruzeiro. O local precisa de maior atenção por ser um ambiente propício à proliferação do mosquito, devido à alta quantidade de pneus parados. A inspeção por lá é feita toda semana e, em um ponto estratégico, conta com uma armadilha ovitrampa.

Wagner Carvalho: “Acho ótimo ter essa armadilha, porque nos deixa em alerta do momento que o mosquito está aqui por perto”

“Eu nunca peguei dengue, mas, toda semana, eles [os técnicos] vêm aqui. Já tem anos que os recebo aqui na borracharia. Eles nos acompanham e dão todo o apoio necessário. Eu acho ótimo ter essa armadilha, porque nos deixa em alerta sobre o momento que o mosquito está aqui por perto”, defende o dono da loja, Wagner Carvalho, 62 anos.

Marilene Nascimento: “Até quando viajo, eu deixo a armadilha em um local que eles consigam acessar para fazer a manutenção”

Marilene Soares Nascimento, 74, mora na Quadra 4 do Cruzeiro Velho. Na casa dela também há  uma armadilha, instalada estrategicamente no meio da horta. Ela avalia que é uma boa iniciativa para frear os casos de dengue na região.

“Estou sempre de portas abertas. Até quando viajo, eu deixo a armadilha em um local que eles consigam acessar para fazer a manutenção. Eu acho legal ter essa armadilha aqui; é importante ter esse controle, até porque aqui tem muita planta e árvores lá fora”, afirma a dona de casa.

Com informações da Agência Brasília

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