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Brasília

Após escândalo com assessor, gabinete de Daniel Donizet entra na mira do MP

Depois que uma garota de programa denunciou o assessor de Daniel de estupro, outras duas mulheres devem prestar depoimento hoje

Camila Bairros

17/07/2023 8h49

Veio à tona um suposto crime de estupro cometido por Marco Aurélio Oliveira Barboza, assessor do deputado distrital Daniel Donizet (PL), na última sexta-feira (14), e esse caso terá possíveis desdobramentos nesta segunda-feira (17). Duas mulheres alegam ter sofrido assédio moral e sexual por parte do parlamentar – uma delas é ex-servidora do deputado na CLDF -, e irão prestar depoimento no Ministério Público.

Na sexta (14), o Jornal de Brasília entrou em contato com a assessoria do deputado, que afirmou que Daniel não estava presente no local, não participou de nenhum evento e que será comprovado que seu assessor não cometeu nenhum crime, ao contrário do que alega a vítima, que disse que estavam presentes ela, Marco Aurélio, Daniel e outro homem, além de mais duas mulheres.

A Procuradoria da Mulher e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF) decidiram abrir investigações alternativas e independentes sobre o caso. A apuração policial segue em sigilo para preservar a intimidade da vítima.

Ricardo Vale, vice-presidente da CLDF, chamou a denúncia de grave e prometeu acompanhar as apurações. “A denúncia de violência física e sexual contra uma garota de programa por um assessor da CLDF é grave e, além da investigação criminal, contará com o olhar atento da Comissão de Direitos Humanos e da Vice-Presidência da Casa.”

A Polícia Civil foi procurada e informou que, após a realização das diligências, a autoridade policial responsável encerrou a investigação, juntou seu relatório final e encaminhou o inquérito ao Ministério Público, que requisitou novas oitivas.

O crime

O assessor do deputado distrital de Daniel Donizet (PL) está sendo acusado de ter agredido uma garota de programa no dia 22 de março. Ela disse que conheceu o deputado, seu assessor, que é Marco Aurélio Oliveira Barboza, e um terceiro homem naquela noite, em uma boate localizada no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e que fechou um programa com eles e outras duas amigas. Os seis seguiram então para um motel no Núcleo Bandeirante, onde ocorreram as agressões.

Segundo ela, Marco Aurélio estava muito bêbado e bateu em seu rosto. O inquérito corre em segredo de Justiça, e Marco Aurélio segue lotado no gabinete do distrital.

A vítima disse que, durante o programa, foi agredida com tapas e socos, e que ainda foi enforcada e segurada por Marco com força pelos braços. Ainda no depoimento, a jovem diz que o assessor tirou o preservativo durante o ato sexual, contra a sua vontade. Ela alega também que as ouras pessoas que estavam no quarto não presenciaram as agressões, mas ouviram os gritos.

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