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Brasília

Apesar da chuva, chegada de fiéis para a Via Sacra foi intensa

A chuva, que já chega a fazer parte do calendário anual do evento, não tirou a vontade dos fiéis de comparecem ao Morro da Capelinha

Redação Jornal de Brasília

15/04/2022 21h50

Foto: Gabriel de Sousa / Jornal de Brasília

Gabriel de Sousa
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A chegada dos primeiros fiéis à 47° edição da Via Sacra teve bastante chuva e engarrafamentos próximo do Morro da Capelinha, em Planaltina, local onde o evento é realizado desde 1973. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), 100 mil pessoas devem chegar para acompanhar as encenações comunitárias feitas por 1.400 voluntários que pulsam amor pela cultura e pela fé.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cerca de 117 mil pessoas passaram pelo local, 17 mil a mais que o esperado e com um pico de 12 mil pessoas em dado momento.

Os fiéis que chegaram pouco antes das duas da tarde, horário onde estava marcado o início das encenações, tiveram que “driblar” engarrafamentos e também bloqueios policiais. Por conta das barreiras criadas pela PMDF, aqueles que vieram do centro de Planaltina tiveram que entrar pela pela via vicinal que dava acesso ao morro, vindo dos bairros do Portal do Amanhecer e de Nossa Senhora de Fátima.

Já os que vinham da BR-020, tiveram que ficar na lentidão de engarrafamentos entre Sobradinho e o DVO, antes da entrada na curva que dá acesso à Capelinha a partir da DF-130.

Um dos primeiros a chegar na Via Sacra foi Marcos Santos, de 43 anos, que decidiu levar o filho Igor, 8, e o sobrinho Jonathan, 6, para realizar preces católicas na Capelinha, e assim manter a tradição de visitas à Via Sacra.

O morador conta que o período de hiato de encenações presenciais deixou uma saudade aberta no coração dos planaltinenses, que comparecem à ação cultural há quase cinco décadas. “A Via Sacra tem várias importâncias. É uma tradição, fez muita falta não ter nesses últimos dois anos, eu que sou devoto mesmo, eu não deixei de vir esse ano para pagar a minha promessa”, afirma.

A Via Sacra marcou gerações não só de planaltinenses, mas também de moradores de todas as partes do Distrito Federal. Um desses casos é o de Marcos, que diz ter “nascido no Morro da Capelinha”, e visitado o local durante a sua infância. Agora, ele leva seu filho e seu sobrinho, na intenção de repassar o amor pelo evento religioso para os mais jovens. “Meu pai me levava por aqui e fazia a gente subir o morro. Eram cinco meninos, e eu era o menorzinho. A gente passa essa tradição para eles, eles já vêm desde pequenos”, conta Santos.

Maioria do público chegou debaixo de chuva

O Morro da Capelinha começou a lotar depois das três da tarde, quando as encenações começaram a ser realizadas. Como de costume na Sexta-Feira Santa de Planaltina, uma chuva fina acompanhou os fiéis que chegavam para prestigiar as manifestações artísticas.

Os mais precavidos, que já conhecem o tempo “confuso” que varia entre sol e chuva em Planaltina durante essa etapa do ano, levaram seus guarda-chuvas ou capas protetoras. Já outros, tiveram que se molhar para ver a Via Sacra de perto.

O vendedor ambulante Fábio Andrade conta que sempre vai para a Via Sacra ao Vivo na intenção de vender capas de chuva, tendo conhecimento da chuva que sempre é um dos personagens principais do evento planaltinense.

“Aqui sempre chove, e eu sabia que esse ano não seria diferente. Já é a quinta vez que eu venho para cá vendo capa, e é a décima vez que eu volto sem capa na mão e com muito dinheiro no bolso. Graças à nosso Cristo, a minha páscoa vai ser abençoada”, conta o vendedor.

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