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Brasília

Ânimos exaltados: defesa e acusação trocam farpas durante julgamento do caso Villela

Ao final das perguntas da defesa, o assistente da acusação perdeu a paciência com o advogado Kakay e bradou contra o defensor em pleno tribunal

Aline Rocha

25/09/2019 17h10

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Olavo David Neto
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Quase no fim do testemunho de Ecimar Loli, delegado da Polícia Civil (PCDF) à época na Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida), o magistrado interrompeu o terceiro dia de julgamento de Adriana Villela por uma confusão entre acusação e defesa. Assistente da acusação condicionado pela família de Francisca da Silva, uma das vítimas do crime da 113 sul, Pedro Calmon ergueu a voz contra Antônio de Almeida Castro, o Kakay, com críticas às perguntas da defesa ao delegado.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Ao final das perguntas da defesa, o assistente da acusação constituído pela família de Francisca da Silva, Pedro Calmon, perdeu a paciência com o advogado Antônio de Almeida Castro, o Kakay, e bradou contra o defensor em pleno tribunal. “Eu sei as suas táticas, eu conheço o jeito que você age aqui em Brasília, inclusive nos julgamentos”, disparou Calmon. “Quer que eu conte aqui?”, desafiou o assistente. O clima tenso, mais uma vez, foi acalmado pelo juiz.

Pela confusão, o magistrado suspendeu o julgamento por cerca de 10 minutos. Antes disso, ele repreendeu o assistente da acusação, dizendo-lhe que, caso não cessasse a confusão, o magistrado teria de dissolver o Conselho de Sentença e anular os andamentos deste julgamento. Todos os presentes no plenário, inclusive os jornalistas, tiveram de se retirar do local.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Do lado de fora do tribunal, Kakay comemorou o destempero dos acusadores, e indicou que a sensação de derrota acirra os ânimos da acusação. “Isso só mostra que eles estão vendo as provas ruindo”, comentou o advogado de Adriana Villela. “Nossa linha de defesa está sólida, com álibi e horários confirmados pelas próprias testemunhas”. Kakay também declarou não temer uma possível dissolução do Júri, possibilidade aberta pelo juiz do caso. “Não é minha vontade, nós queremos terminar logo esse julgamento. Mas, se tiver que adiar, que adie; não há o menor problema”, finalizou.

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