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Brasília

Ameaça ao Fundo reúne todos os partidos do DF

O Buriti estava representado pelo secretário do Planejamento, Ney Ferraz, que tem prontos modelos matemáticos que mostram os perigos que rondam o fundo

Eduardo Brito

22/05/2023 19h42

Foto: Carlos Gandra/CLDF

Todos os principais partidos do Distrito Federal estavam representados na reunião convocada pelo ex-senador Paulo Octavio, como presidente regional do PSD, para compor uma frente capaz de retirar as travas impostas ao Fundo Constitucional do DF pelo relator do ajuste fiscal do governo.

O Buriti estava representado pelo secretário do Planejamento, Ney Ferraz, que tem prontos modelos matemáticos que mostram os perigos que rondam o fundo.

Também estavam presentes o ex-deputado Geraldo Magela e a sindicalista Rosilene Corrêa, que representaram o PT, os senadores Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PDT), os deputados federais Bia Kicis (PL), Érika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV), Rafael Prudente (MDB), Fred Linhares (Rep) e Paulo Fernando (Rep), além dos distritais Eduardo Pedrosa (UB), Robério Negreiros (PSD), Dayse Amarílio (PSB), Chico Vigilante (PT), Fábio Félix (PSOL), Paula Belmonte (Cidadania), Jane Klebia (Agir), João Hermeto (MDB) e o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB).

Até a ex-distrital Júlia Lucy, eleita pelo Partido Novo, apareceu por lá. Mas todos estranharam as ausências da senadora Damares Alves e dos deputados Gilvan Máximo e Alberto Fraga.

Dedo do governo federal

Houve muitas críticas ao Palácio do Planalto. Como resumiu o deputado Rafael Prudente, era possível identificar as digitais do governo federal na emenda contra o fundo.

Ao final, todos os partidos assinaram um documento reclamando a retirada ou derrubada do texto do relator Cláudio Cajado, que estabelece limite de 2,5% no crescimento anual dos repasses do governo federal para alguns fundos, como o FCDF e o Fundeb.

O secretário de Planejamento, Ney Ferraz, avaliou que o teto de 2,5% vai “quebrar o DF a médio prazo”.

De acordo com ele, “mesmo que a economia esteja voando, o reajuste só poderá ser de 2,5%, implicando que não haverá mais concurso ou reajuste salarial.. Assinada por representantes de 18 partidos, PSD, PT, MDB, PV, PDT, PSOL, PSB, PSDB, PP, União Brasil, PL, Podemos, Republicanos, Cidadania, PSC, Avante, PCdoB e PMN, a carta será enviada ao relator Cláudio Cajado, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Todos perdem, alerta Ibaneis

O governador Ibaneis Rocha avisou que a atual fase de recomposição das forças de segurança do Distrito Federal será paralisada se persistir a imposição de limites ao Fundo Constitucional.

Isso afetará a segurança da população brasiliense, o que atingirá os parlamentares ou o Judiciário. “Existe o risco de tudo parar e o que temos hoje, um problema sério com os professores, se estenderá à remuneração de todas as categorias”, previu.

Afinal, é com esses recursos que se faz qualquer melhoria de condições de trabalho na capital e por isso, disse o governador, precisamos fazer com que o Congresso se sensibilize para o problema.

“O Distrito Federal não sobrevive sem o seu Fundo Constitucional, a não ser que se faça no passado, passando todo o tempo com o pires na mão, pedindo recursos ao governo”, alertou Ibaneis.

Para o governador, o problema nem se limitará a fazer frente às despesas atuais, mas atingirá o aumento vegetativo das contas públicas, além de criar problema seríssimo para novas contratações, o que atingirá a qualidade de vida de todos.

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