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Brasília

Alvo em operação da polícia por ataques no DF pede Pix para continuar escondido

O jornalista Wellington Macedo afirmou estar em um “lugar seguro” e alegou estar sendo perseguido pelo STF

Tereza Neuberger

30/12/2022 16h27

Foto: Operação Nero

O jornalista Wellington Macedo gravou um vídeo e postou em suas redes sociais em que pede dinheiro via Pix para continuar se escondendo da polícia. O cearense é um dos foragidos da Operação Nero, da última quinta-feira (29), por suspeita de envolvimento nos ataques à sede da Polícia Federal, que ocorreram no dia 12 deste mês.

Hospedado em um hotel no centro da capital, o Bolsonarista exibe imagens de como ficou seu apartamento revirado após a chegada dos policiais e acusa o Superior Tribunal Federal (STF) de perseguição. “Hoje eu me encontro exilado dentro do meu próprio país”, afirma Wellington na gravação.

Durante a gravação, o militante afirmou ainda que seu único crime é “lutar por um país livre e mais justo”, e destaca que está em um “local seguro”. Wellington também conta que já é a 3ª vez que os policiais reviram seu apartamento, e diz que “não encontraram drogas, nem armas e nem dinheiro desviado”. Ele também ressalta que teve um prejuízo de cerca de R$10 mil reais, pois os policiais também entraram no apartamento de seu vizinho e a porta foi quebrada.

Com pouco mais de 7 mil e 400 seguidores no Instagram, o jornalista posta a rotina de manifestações no Quartel-General do Exército e demais atos a favor de Jair Bolsonaro. O pedido de ajuda financeira via Pix está sempre presente em suas postagens com o apelo “colabore com o meu trabalho”.

Em setembro de 2021, o jornalista foi preso pela Polícia Federal, por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, por participação em atos antidemocráticos. Wellington saiu da prisão em outubro de 2021, após a comissão do Direitos Humanos considerar inadequado o regime a qual estaria submetido Wellington Macedo, e recomendar prisão domiciliar.

Mesmo com tornozeleira eletrônica, Wellington se lançou candidato a deputado federal por São Paulo, nas eleições de 2022. Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o candidato conseguiu 1.118 votos e não se elegeu.

Operação Nero

Suspeitos de praticarem atos de vandalismo na sede da Polícia Federal, em Brasília, no último dia 12, foram presos no âmbito da Operação Nero, nesta quinta-feira (29). Foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, a serem cumpridos no Distrito Federal e em sete estados pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Durante a operação quatro pessoas foram presas, sendo uma delas no DF, uma no Rio de Janeiro e duas em Rondônia. Além do DF, os estados onde os mandados foram cumpridos incluem: Pará, Tocantins, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso.

Além de Wellington Macedo que se encontra foragido, outro alvo em em Brasília é Klio Hirano. A mulher foi detida ainda pela manhã durante a operação. Os presos ficarão em detenção temporária por cinco dias. Depois, haverá julgamento para tornar ou não as prisões preventivas.

Os investigados podem responder pelos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas chegam a 34 anos de prisão.

Atos de Vandalismo

Na noite do dia 12 de dezembro, após a prisão do indígena Bolsonarista José Acácio Serere Xavante, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, com a destruição de carros, ônibus coletivos e monumentos públicos e privados no Plano Piloto.

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