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Brasília

Agefis fecha duas pousadas irregulares na 705 Sul

Arquivo Geral

21/03/2017 11h40

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Ícaro Andrade
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A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) realizou, na manhã desta terça-feira (21), uma operação para fechar pousadas irregulares. Cerca de 70 agentes participaram da ação que contou com a colaboração da Polícia Civil do DF. Dois estabelecimentos localizados na 705 sul foram os primeiros a serem fechados. Eles estavam com pedido de interdição desde 2008.

“Estamos esperando uma solução do governo para que as pousadas possam funcionar normalmente. Eles dizem que essa região faz parte de um patrimônio tombado, só que as pousadas já existiam antes disso”, disse Maria Aparecida Almeida, funcionária há 17 anos de uma das pousadas.

Apesar de tirar o sustento da família com o trabalho na pousada, Maria Aparecida disse entender o trabalho dos agentes. “Pago a faculdade da minha filha com o dinheiro que tiro daqui. Eu sobrevivo disso, mas reconheço as irregularidades e entendo o trabalho dos agentes. A única coisa que peço é que as autoridades arrumem um local regular”, desabafou.

De acordo com a superintendente de Fiscalização de Atividades Econômicas, Lucilene Abreu, os dois locais fechados estavam com pedido de interdição desde 2008. As pousadas pagavam multa por descumprimento de interdição, no valor de R$3.324 por mês. “A pousada está situada em área residencial e não pode continuar em funcionamento, assim como várias outras que já foram interditadas, porém continuam abertas”, concluiu.

A dona de casa Otilia Rossato, 77 anos, mora em uma casa vizinha a uma das pousadas fechadas e disse lamentar a saída dos hóspedes. “Moro aqui há 20 anos e nunca tive nenhum problema com os proprietários e hóspedes. São pessoas tranquilas e trabalhadoras que não têm condições de pagar um hotel ou aluguel. Fico triste, mas eles já haviam sido avisados. Uma pena”, disse.

Agora, a Agefis pretende visitar ao menos 45 estabelecimentos que estão em situação irregular no DF. Todas as pousadas deverão ser fechadas até o fim do ano. Os proprietários que não acatarem a decisão poderão responder por crime de desobediência. Os pertences dos hóspedes vão para depósito.

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