Após a publicação do decreto nº 41913 na última sexta-feira (19), representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF) e do Sindicato patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar) se uniram para pedir ajuda financeira ao Governo do Distrito Federal (GDF). A determinação é válida até o dia 29 de março.
No entendimento das entidades, a determinação, impactará negativamente no setor de alimentação fora do lar. “A prorrogação, por mais uma semana, do fechamento dos bares e restaurantes com certeza vai impactar financeiramente os empresários”, diz Beto Pinheiro, Presidente da Abrasel-DF e Vice-Presidente do Sindhobar.
Segundo ele, os resultados serão enormes, principalmente, caso não haja um apoio efetivo do GDF. “Teremos demissões em massa e fechamento de mais empresas”.
Uma maneira de diminuir os danos causados, segundo as entidades seria o parcelamento das contas da CEB e da CAESB, assim como foi realizado com o IPTU recentemente. Além disso, pediram a extensão da Medida Provisória 936, determinação que possibilita a diminuição da jornada e das remunerações, assim como permite a suspensão dos contratos de trabalho.
“A MP será de extrema importância, pois a maioria dos funcionários estão voltando de férias agora. Mas como pagá-los se abriremos com restrições de horário – apenas das 11h às 19h?”, indaga Beto. Ele ainda diz que a corda, mais uma vez, estourou do lado dos empresários do ramo alimentício.
“Elaboramos cartilhas, cursos e treinamentos desde o início da pandemia, mas mesmo assim enfrentamos as severas restrições”, diz. Segundo ele, as medidas do governo são necessárias, especialmente no atual momento, no entanto, “precisamos da ajuda do governo para dividir essa conta”, finaliza.
Reabertura do comércio
Na tarde desta segunda-feira (22), os secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; da Saúde, Osnei Okumoto; e da DF Legal, Cristiano Mangueira, concederam uma entrevista coletiva para realizar a atualização das medidas adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Ao ser questionado sobre a reabertura do comércio local, Gustavo Rocha destacou que afirmou que o governador analisa diariamente a situação da capital candanga e que mudanças podem acontecer, caso haja uma melhora nos dados apresentados ao chefe do Poder Executivo local.
Já o chefe da secretaria DF Legal, alegou que 97% dos estabelecimentos comerciais vistoriados pela Operação Toque de Recolher estão cumprindo as medidas restritivas impostas pelo GDF.
