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Brasília

1ª paciente com Covid no DF finaliza quimioterapia contra câncer de mama

Após traumas deixados pela pandemia, advogada brasiliense aguarda por cirurgia de retirada do nódulo

Redação Jornal de Brasília

24/08/2021 14h26

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Elisa Costa
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Nessa segunda-feira (23), a advogada Cláudia Patricio, de 53 anos – registrada como a primeira paciente de Covid-19 no Distrito Federal, em março de 2020 – finalizou as sessões de quimioterapia para o tratamento contra um câncer de mama, descoberto em outubro do ano passado e divulgado por sua assessoria no início deste mês.

Cláudia ainda estava realizando exames em decorrência do quadro clínico deixado pelo Covid-19 quando o diagnóstico de câncer de mama chegou: “Houve uma clara percepção – da minha parte e da equipe médica que me acompanhou em home care – de um grande nódulo no meu seio esquerdo que eu nunca tinha percebido antes e o que mais me assustava é que ele crescia rapidamente”.

Em entrevista, a moradora do Lago Sul assumiu o choque inicial ao receber o diagnóstico e contou: “Tentei fugir um pouco porque já imaginava o que eu teria que enfrentar. Meu fiel e amado esposo mais uma vez assumiu os detalhes junto à equipe médica. Confesso que preferiria não saber dos detalhes. Depois do medo, veio o choro, os silêncios, mas toda a diferença é feita pela Fé e pelo amor da minha família e amigos. […] Esse amor opera milagres e creio que receberei mais um das mãos de Deus”.

A advogada realizou uma bateria de exames no primeiro trimestre de 2021 e foi aconselhada pelos médicos a começar o quanto antes o tratamento contra o câncer, mesmo ainda fragilizada pelo coronavírus: de acordo com o cronograma, foram 12 sessões de quimioterapia semanalmente e um ciclo de quatro sessões a cada duas semanas.

O tratamento quimioterápico, realizado no Hospital Sírio Libanês de Brasília (DF), foi necessário para diminuir o nódulo e evitar a metástase. Agora a expectativa da paciente e seus familiares é para a cirurgia de retirada do nódulo, que deve acontecer em setembro.

Primeira infectada no DF

No início de 2020, Cláudia contraiu o vírus em uma viagem ao Reino Unido, com o esposo André de Souza Costa, que também testou positivo. Ela chegou a ficar internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) – 46 dias em coma induzido – e passou por uma recuperação em um hospital particular do Lago Sul, em decorrência das sequelas deixadas pelo coronavírus (Covid-19). Somente em junho e, após diversos tratamentos, Cláudia se curou e recebeu alta.

No dia 5 deste mês, Cláudia Patrício recebeu a segunda dose da vacina Astrazeneca contra a Covid-19, em um ponto de vacinação no Parque da Cidade e segue realizando fisioterapia, terapia ocupacional, acompanhamento fonoaudiólogo, pneumológico e cardiológico, devido às sequelas deixadas pelo vírus.

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