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Brasil

Saúde exclui população carcerária de plano inicial de vacinação contra a Covid-19

A pasta argumenta que ainda não há estudos suficientes a respeito da transmissibilidade e letalidade que justifiquem que os detentos sejam incluídos no grupo prioritário

Redação Jornal de Brasília

09/12/2020 14h09

Foto: Agência Brasil

Renato Machado
Brasília, DF

O Ministério da Saúde estuda mudanças no plano de vacinação contra a Covid-19. Uma delas é a retirada da população carcerária do grupo prioritário na imunização.

A pasta argumenta que ainda não há estudos suficientes a respeito da transmissibilidade e letalidade que justifiquem que os detentos sejam incluídos no grupo prioritário.

“A definição de grupos de risco [e posteriormente de grupos prioritários para serem vacinados] depende dos estudos epidemiológicos e dos resultados da fase 3 de cada vacina, que definirão a bula do imunológico”, informou, por nota, o ministério.

O ministério disse ainda que os grupos prioritários estão sendo definidos e, por isso, quem será vacinado de forma prioritária e as fases disso poderão sofrer alterações, complementou a pasta.

“Além disso, a inclusão de outros grupos prioritários ocorrerá à medida em que mais doses e vacinas sejam disponibilizadas após licenciamento da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e dos acordos de aquisição de vacinas”, disse.

Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, ao apresentar nesta quarta-feira (9), o plano de vacinação, em audiência na comissão da Câmara dos Deputados, já excluiu a população carcerária do material projetado aos parlamentares.

A população carcerária estava prevista para ser vacinada contra a Covid-19 na quarta e última fase do plano preliminar de imunização. Esse plano inicial prevê imunizar grupos prioritários, seja pelo risco de agravar a doença ou de propagar o novo coronavírus.

A proposta prevê que serão imunizados na primeira fase idosos a partir de 75 anos -ou a partir de 60, caso vivam em asilos-, indígenas e profissionais da área da saúde.

Na segunda fase, a imunização será aplicada em idosos de 60 a 74 anos. A etapa na sequência prioriza pessoas com comorbidades, como pacientes com cardiopatias e doenças renais crônicas.

A quarta e última fase deve atender professores, trabalhadores das forças de segurança, do sistema prisional. Era nesse grupo que estavam incluídos os presos.

As informações são da Folhapress

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