Willian Matos
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32 mortes em 40 dias. Entre os dias 2 de junho e 11 de julho, este foi o número de tartarugas marinhas mortas em Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, em Pernambuco. A OBG Onda Limpa para Gerações Futuras é responsável pela contagem.
O biológico Felipe Brayner é integrante da ONG e afirma que 88% das mortes se dá porque as tartarugas se asfixiam ao ingerir objetos plásticos jogados no mar pela população. “Por que não descartar o lixo? As pessoas precisam aprender a viver sem tomar o espaço dos bichos”, declara Brayner.
As tartarugas ingerem o plástico porque, na água, o objeto simula o mesmo movimento de uma água-viva, alimento preferido. As tartarugas verdes acabam sendo mais atingidas, pois ficam na parte costeira do mar.
O integrante da ONG sugere mudanças. “Poderiam ser feitas ações em escolas estaduais e municipais e em colônias de pescadores, para ensinar técnicas de colocação de redes. Mas eu acho que o trabalho mais importante é com as crianças, com as futuras gerações”, afirma, ao G1.
70 mortes na Bahia
Há semanas, o Jornal de Brasília noticiou a morte de mais de 70 tartarugas no primeiro semestre de 2019. Neste caso, 80% morreram por ficar presas em redes de pesca.