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Brasil

PF prende suspeitos de fraudes à Previdência Social

Segundo investigações, grupo adulterava certidões de óbito para receber pensão por morte, entre outros delitos. Grupo vinha recebendo pelo menos 80 benefícios

Redação Jornal de Brasília

12/12/2019 9h42

PF

Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (12), 14 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, em decorrência de mais uma fase da Operação Marechal. A ação visa desarticular um grupo suspeito de cometer fraudes à Previdência Social. 

Dos 14 mandados de prisão, 12 são preventivas e duas temporárias. 

Segundo investigações, o grupo vinha atuando há anos. Eles adulteravam datas de certidões de óbito para obter pensão por morte e falsificavam documentos para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), chegando a subornar servidores públicos.

O líder do grupo recebe aposentadoria por invalidez, sob justificativa de que teria amputado uma perna. Porém, segundo a PF, o indivíduo não possui qualquer deficiência física.

Ao todo, foram identificados 80 benefícios previdenciários que efetivamente vinham sendo recebidos pela organização criminosa, o que proporcionava uma retirada mensal de mais de R$ 160 mil. Esses benefícios serão cassados imediatamente por ordem da 1ª Vara Federal. Outros 193 benefícios supostamente indevidos também serão bloqueados por determinação judicial e auditados pelo INSS.

Segundo levantamentos feitos pelo próprio INSS, os prejuízos evitados com esta ação geraram, para os cofres públicos, uma economia de mais de R$ 50 milhões, sendo que o valor efetivamente desviado pelo grupo totaliza mais de R$ 9 milhões.

Os presos responderão pelos crimes de estelionato, petrechos de falsificação, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva e corrupção ativa, todos do Código Penal, além do delito de Organização Criminosa, previsto na Lei nº 12.850/2013. As penas somadas podem superar os 30 anos de prisão.

Participaram da ação 95 policiais federais, além de servidores do Setor de Inteligência da Previdência.

Com informações da PF

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