A Polícia Federal realiza, nesta segunda-feira (31), uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa originária do estado de São Paulo. Em um ato de busca e apreensão em Santos-SP, foram apreendidos R$ 2 milhões e 730 mil dólares (cerca de R$ 3, 6 milhões).
Estão sendo cumpridos 422 mandados de prisão e 201 mandados de busca e apreensão em 19 estados e no Distrito Federal. Cerca de 1,1 mil policiais federais atuam na operação. Também foram bloqueados cerca de R$ 252 milhões dos investigados.
A operação investiga os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados pelo PCC. Segundo as investigações, cerca de 210 integrantes do alto escalão do PCC recebiam espécie de mesada, mesmo presos, por terem ocupados cargos de relevância na facção ou feito missões dadas por outros líderes. A fim de despistar a Justiça, o grupo usava contas de terceiros, que não faziam parte da quadrilha, para transferir os valores.
As investigações começaram há 11 meses, em Minas Gerais. A ação da PF desta segunda (31) é, provavelmente, a maior já realizada no país.
Expansão
As autoridades de vários estados do país e do Distrito Federal já sinalizaram que o PCC tem tentado se infiltrar em outras unidades além de São Paulo. No DF, segundo a Polícia Civil (PCDF), a facção estava alugando imóveis em áreas nobres, como Lago Sul e Lago Norte.
Como o poder aquisitivo dos membros da facção é alto, eles optavam pelas RAs mais nobres porque tendem a ter menos policiamento. Além disso, Lago Sul e Lago Norte são duas regiões próximas da Papuda, onde está preso o líder do grupo, Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola).
Para se instalar em mais RAs do DF, o grupo tentava recrutar criminosos para que eles cuidassem das regiões em nome do PCC.
