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Brasil

Pandemia aumentou cobrança de órgãos reguladores para bares e restaurantes

A cobrança cresceu, mas os valores das consultorias disponíveis no mercado continuaram fora do alcance de muitos bares e restaurantes

Redação Jornal de Brasília

02/12/2020 15h25

Com a pandemia do novo coronavírus, muitos estabelecimentos precisaram se reinventar, alguns criaram cardápios mais simples, outros passaram a fazer delivery e tiveram que se desfazer dos espaços físicos. Com isso, donos e gerentes acabaram deixando de lado algumas regras de higiene e manipulação de alimentos que, quando não seguidas, podem trazer complicações judiciais aos empresários.

São as Boas Práticas de Fabricação (BPF), uma série de ações obrigatórias que qualquer processo de produção deve seguir para estar dentro das regras estabelecidas por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, conhecer as regras e aplicá-las não é uma atividade tão acessível, principalmente em um ano de pandemia. Foi o que perceberam as nutricionistas Luísa Borges e Tainá Nogueira, sócias da empresa brasiliense de consultoria em nutric?a?o e seguranc?a dos alimentos, Eleva Consultoria.

Luiza explica que, nesse período, a cobrança dos órgãos reguladores cresceu, mas os valores das consultorias disponíveis no mercado continuaram fora do alcance de muitos bares e restaurantes.

“Nem todos os estabelecimentos têm condições de pagar por uma consultoria de acompanhamento semanal. Após a pandemia esse investimento ficou ainda mais escasso e com toda a preocupação de contaminação pelo vírus, as fiscalizações da Vigilância Sanitária e do Ministério do Trabalho ficaram ainda mais rígidas e recorrentes”, disse.

Para Tainá, a correria de donos e gerentes de estabelecimentos alimentícios é outro ponto que também prejudica a aplicação das Boas Práticas de Fabricação. Ela destaca que “gestores de estabelecimentos possuem inúmeras responsabilidades, e muitas vezes acabam deixando as Boas Práticas como segundo plano, devido à falta de tempo e conhecimento”.

A Eleva Consultoria é especializada no assunto, e, durante a pandemia, trabalhou para tornar as adaptações mais fáceis e acessíveis. As sócias lançaram o curso “Autonomia em Gestão das Boas Práticas de Fabricação”, para donos e gestores de estabelecimentos alimentícios, com aulas totalmente on-line para assistir quando puder e um valor simbólico de R$100.

“No intuito de auxiliá-los (os gestores de estabelecimentos) para que não tenham problemas futuros, e consigam ter autonomia para gerir as Boas Práticas, pensamos em transmitir o conhecimento necessário para adequar o estabelecimento às regras e legislações exigidas”, explica Tainá sobre o objetivo da proposta.

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