Willian Matos
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Nesta terça-feira (4), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra a criminalidade cibernética, a Operação Singular. O alvo é uma quadrilha que atua a nível nacional.
Eles contam com várias pessoas que atuam em prol dos crimes, mas a PF conseguiu identificar os líderes — são sete. Segundo investigações, o principal crime cometido é a fraude bancária eletrônica. Eles roubam dados de cartões de crédito e revendiam depois.
Alteração nas provas da OAB
A PF identificou, também, que um dos hackers do grupo invadiu o sistema da elaboradora da prova do concurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele prometia alterar resultado da prova para aprovar o aluno que tivesse chegado à segunda fase do concurso e requeresse o serviço. Como pagamento, ele cobrava criptomoedas (bitcoins, por exemplo).
Foram cumpridos cinco mandos de busca e apreensão, e cinco de prisão preventiva. Os mandados foram nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Destes, um está foragido. A PF chegou até a quadrilha por meio de técnicas modernas de investigação digital no ambiente da deepweb, criada pela própria Polícia.
O crime de formação de organização criminosa prevê pena de três a oito anos de reclusão; o de furto de cartões de crédito prevê de dois a oito anos; e, por fim, o crime de invasão de dispositivo informático, pena de um a quatro anos.